No caminho para Machu Picchu

Ei, gente! Que saudade de escrever aqui…. Estes dias tem sido bem corridos para mim, além de mil tarefas no escritório, estou prestes a entregar meu projeto da pós, o que tem tomado muito do meu tempo.
E além disso, já estamos em ritmo de viagem outra vez, tem base??? Rsss… Claro que sim… pois a semana santa já está chegando, e nosso próximo destino é em Miami Beach e regiões.
E vocês ?? Já decidiram o que vão fazer??
Não se esqueçam de que planejar uma viagem com antecedência é muito melhor, pois você tem preços melhores, além de excelentes opções e condições.
Meu post de hoje vai ser curtinho, mas merece um destaque especial aqui neste blog. 
Apenas quero compartilharei uma vivência que jamais me esquecerei em minha existência.
Quando fomos para o Machu Picchu, no confortável trem Vistadome, da Perurail, visualizamos as mais belas paisagens que se possa imaginar pelo caminho inca (trilha inca), que foram  percorridos em duas horas e meia, logo no início da manhã.
O trem é composto por várias poltronas de dois lugares, sendo uma de frente para a outra. E o caminho é por trilhos a beira do Rio Urubanda, um extensivo manancial da região Inca.

Degustava cada cantinho daquilo tudo que via:

Era cada detalhe mais encantador que o outro:

O lanche servido foi especial e luxuoso!


Salada de frutas típicas, mini sanduiche de alface, tomate, presunto e queijo, tortilha de acelga e alfajor de chocolate.

Ao fundo deste cenário, uma deliciosa melodia típica do povo andino, a qual fiz questão de trazer um belíssimo cd para casa.
Em determinado momento, o trem parou para que o outro que retornava de Águas Calientes pudesse passar pela linha alternativa que tinha ao lado (percebi que ali era o único lugar com dois trilhos, que seria um tipo de “ponte”).
Quando pensei que éramos apenas nós, o trem, os passageiros e a paisagem, avistei sob uma chuva fina a imagem de uma doce senhora com flores coloridas e lindas em suas mãos. Mas ainda estava distante e não conseguia perceber ao certo o que ela fazia ali, naquele lugar inabitado.
Todos os passageiros, ficaram ansiosos para ver o que estava acontecendo, e o que ela queria… e ela, com um lindo ramalhete de flores naturais nos oferecia, sob uma chuva fina, como já havia dito, por apenas 3 soles.

Gente, seu rosto era sofrido, mas ela era super carismática, e acenava com tanto carinho nos pedindo apenas 3 soles por um ramalhete de flores daqueles.
Diante do ar-condicionado do trem, as janelas eram lacradas, e eu fiquei sem saber o que fazer… também não tinha como descer, pois aguardávamos o outro trem passar para dar continuidade na viagem…
E ela me olhava com tanta ternura e eu acenava que não tinha como lhe passar o dinheiro… aquilo foi me dando uma angustia, um aperto no peito, até que olhei para o Fábio e desabei num choro de impotência…
Na verdade, minha vontade era de descer do trem e dar um abraço carinhoso e sincero naquela senhora e lhe dizer o que um Mestre maravilhoso disse há quase dois mil anos atrás: “bem aventurados os aflitos, por que serão consolados”, confortadora lição das bem-aventuranças.
O trem partiu. 
Nem eu, nem ninguém, conseguimos ajudar aquela senhora mais simples e humilde.
Entretanto, trago-a na memória e sempre lembro daquele rostinho em meus momentos de oração.
Que Deus a abençoe onde quer que ela esteja!!!

Fabiane Teixeira

Brasileira, Mineira de Belo Horizonte, 35 anos, conhece 38 países, é Advogada e Professora de Direito Civil, e nas horas vagas Viajante e Blogueira. Junto com meu Fábio vamos conhecer e te apresentar o mundo!

13 thoughts on “No caminho para Machu Picchu

  • 22 de março de 2011 em 03:30
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    Que post lindo ! Garanto que essa senhora recebeu em energia e boas vibrações todo o seu carinho. O que vale é a intenção. Deus tem uma razão pra cada coisa !

    Uma pena as janelas não abrirem …

    Não posso deixar de comentar 2 coisas: a beleza das flores e as lindas fotos ! Que paisagem !

    Bjs, amiga

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  • 21 de março de 2011 em 20:51
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    Oi, já fiz essa trilha depois dela nunca mais fui a mesma. Foram dias de reflexão e encontro comigo mesma. Viajar pela América Latina é entender o porque somos tão iguais e ao mesmo tempo diferentes.
    Iguais em relação a exploração e neo-colonização que sofremos em relação aos EUA. Encontrei um povoado inteiro na Bolívia que havia sido comprado pelos ianques, tudo por se tratar de uma mina de cobre.
    Diferentes quando pensamos em nossos usos e costumes, alguns países aos nossos olhos escondem a magia e o exotismo.
    Bjs

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  • 20 de março de 2011 em 12:36
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    Oie, obrigada pela visita lá no meu cantinho, adorei o seu tbm e vou acompanhar de perto, já estou te seguindo…beijocas

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  • 19 de março de 2011 em 22:29
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    Oi, Fabi!

    Fiquei feliz em saber que trabalha na minha cidade. O que este mundo virtual não faz.
    Adorei as indicações de viagem, viajar é a melhor coisa que tem na vida.
    Espero que continue acompanhando as dicas do blog "Organizar para viver melhor".

    Beijos!

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  • 19 de março de 2011 em 15:10
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    Que lindas imagens, maravilhoso esse post! beijos!!!

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  • 19 de março de 2011 em 14:23
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    Oi Fabi, passei para retribuir sua visita no meu Blog e achei aqui muito interessante…Já estou te seguindo tb!
    bjs e tenha um ótimo final de semana

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  • 18 de março de 2011 em 20:25
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    Fabi,
    Conforme prometi, estou aqui para avisar que a Paulinha já publicou as fotos no blog dela.
    O link está no meu blog, tá?
    Beijos e bom final de semana.
    Gosto do jeito que escreve… As vezes dá vontade de chorar com tanta realidade e sensibilidade.
    Beijos,
    Paulinha

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  • 18 de março de 2011 em 20:19
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    com essas imagens daria um editorial de moda muuito lindoo! Que coisa mais linda!
    adorei a cor nova do blog! haha
    ;@@@@@@

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  • 18 de março de 2011 em 18:31
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    Fabi,
    Não fica com o coração doído não, pois apesar de vc não ter ajudado a senhora naquele momento, o que vale mesmo foi a intenção que existiu no seu coração, pessoa linda!
    Beijinhos,
    Marcela.

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  • 18 de março de 2011 em 14:51
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    Pois é, meninas…
    Até hoje meu coração doi por não ter conseguido ajudar esta senhora.
    Lembro direitinho da mãozinha dela acenando 3!

    🙁

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  • 18 de março de 2011 em 12:34
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    Que dor no coração amiga, nossa. Quando você me contou essa história, não dava pra visualizar (como nas fotos) que seria algo tão tocante.

    Vendo isso, podemos dizer que temos a melhor vida da face da terra. Como tem gente que precisa. Não podemos reclamar de nada.

    Beijosss e fica com Deus!

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  • 18 de março de 2011 em 11:08
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    Que lindos os buquês que essa senhora estava vendendo!Mais bela ainda foi sua atitude de compaixão e caridade, mesmo que você pense que não fez nada, mas fez sim, a oração é mais poderosa do que qualquer outra coisa!

    Beijos 🙂

    Resposta

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