Sugestão de Leitura: Livre

Sempre cultivei a leitura, e atualmente, tenho lido muito (frisa-se, muito mesmo!). Prefiro passar uma hora com um bom livro, a passar uma hora na Internet. E juntando o útil ao agradável, tenho gostado muito de ler livros sobre relatos de viagens, nos quais o viajante/autor compartilha tudo o que viveu, repassando realmente o que aprendeu com a sua viagem.
E neste embalo, li o livro Livre, da autora Americana Cheryl Strayed (Título original Wild), lançado em Abril, aqui no Brasil, que é bastante pertinente para compartilhar no dia de hoje, em que comemoramos o Dia das Mães.

 

O livro conta a história real de Cheryl Strayed, uma americana de 22 anos que viu sua vida despedaçar depois da morte de sua mãe. Aos 26 anos, recém-divorciada, família distanciada, deixou seu emprego de garçonete, e decidiu caminhar por 1.770km pela Pacific Crest Trail (PCT), uma trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos, e vai do deserto de Mojove, através da Califórnia e do Oregon, em direção ao Estado de Washington. Detalhe: sozinha e sem qualquer experiência em grandes caminhadas.
Para entendermos o motivo que a levou a realizar esta trilha, ela compartilha de uma maneira muito emotiva como sua mãe, de 45 anos, vegetariana e hábitos saudáveis, foi diagnosticada com câncer no pulmão, falecendo depois de 49 dias da descoberta e de viver muito sofrimento.
Ela chama sua mãe de “minha grande heroína”, e me emocionou muito compartilhando a intensidade em que viveu os últimos dias de vida de sua mãe.
“Minha caminhada solitária de três meses pela costa oeste dos Estados Unidos teve muitos começos. Houve a primeira e a repentina decisão de fazer a trilha, seguida pela segunda decisão, mais séria, de realmente fazer e então o longo terceiro começo, composto de semanas de compras, empacotamento e preparação. (…) Fazê-la, apesar de tudo. Apesar de ursos, das cascáveis e das fezes dos pumas que nunca vi; das bolhas e cascas de feridas, dos arranhões e machucados. Da exaustão e da privação; do frio e do calor; da fome; do orgulho e dos fantasmas que me assombravam enquanto caminhava sozinha por 1.770 quilômetros do deserto de Mojove até o Estado de Washington. Por fim, uma vez que caminhei todos aqueles quilômetros durante todos aqueles dias, houve a percepção de que o que eu achava ser o começo não tinha sido de fato o começo. Na realidade, minha caminhada não começou quando tomei a repentina decisão de fazê-la. Começou antes de eu sequer imaginar fazê-la, mais precisamente quatro anos, sete meses e três dias antes, quando estava em um pequeno quarto da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, e soube que minha mãe ia morrer.”
Livre é uma história de sobrevivência e redenção: um retrato pungente do que a vida tem de pior e, acima de tudo, de melhor.

 

Confesso que fiquei com vontade de fazer uma trilha, longe desta relatada pela Cheryl. Mas dessas de mochila nas costas, dormir em barraca, ter medo de bicho (não de ursos, pumas e cascáveis) lugar bonito de cenário, e claro, ao lado do Fábio, meu companheiro inseparável!! E assim viver um tipo diferente de viajar!

Por que não?

***Imagens do Perfil da Autora em rede social. Veja nosso post sobre o Crater Lake aqui.

Fabiane Teixeira

Brasileira, Mineira de Belo Horizonte, 35 anos, conhece 38 países, é Advogada e Professora de Direito Civil, e nas horas vagas Viajante e Blogueira. Junto com meu Fábio vamos conhecer e te apresentar o mundo!

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