Como visitar Stonehenge

Viajar para a Inglaterra, ficar em Londres e não ir até Stonehenge, estava completamente fora de cogitação! E logo que começamos a confeccionar nosso roteiro, listamos a visita a um dos monumentos neolíticos mais famosos do mundo. Então, começamos a pesquisar e a angariar todas as informações possíveis e necessárias para que nada saísse ou desse errado.

Um pouco da história de Stonehenge

Stonehenge é uma estrutura neolítica construída em círculos de pedras que chegam a até 5 metros de altura. Foi construída em três fases distintas, sendo que a forma que vimos hoje foi construída a pelo menos 3.000 anos a.C. (mas esta data parece não ser muito certa, também vimos a data 3.100a.C. e 3.500a.C.)! Trata-se de um dos principais monumentos arquitetônicos do período Neolítico, que foi a fase final da Pré-História, quando os grupos humanos começaram a praticar a agricultura, utilizar técnicas e diversos tipos de ferramentas. Mas também, Stonehenge é conhecido como Santuário, e como local de observação astronômica.

Acredita-se que Stonehenge serviu de palco para cerimônias religiosas como sacrifícios e rituais destinados à adoração da divindade solar. Conta-se que os druidas utilizavam Stonehenge até mesmo para fins judiciais.

Afinal, quem construiu Stonehenge? Como foi construído? E qual sua finalidade?

Verdade é que, a falta de documentação e de vestígios arqueológicos mais claros impedem um conclusão ou estudo mais aprofundando sobre a real função de Stonehenge. E isso é o que faz deste lugar mais que especial! Diria, mágico! Não é mesmo? Não sei vocês, mas adoro questionar como e por quê aconteceu isso ou aquilo!

Se você gosta de história (como a gente), assista a este vídeo da National Geographic, que foi muito útil para entendermos um pouco da história e diversas curiosidades de Stonehenge:

E para ler um pouco mais sobre a história e outras curiosidade de Stonehenge, acessem aqui.

Como chegar?

Stonehenge está localizada a 88 milhas de Londres, ou seja, a aproximadamente 140 Km. Apesar de você pode ir de carro ou de ônibus, e existirem várias empresas que fazem este trajeto Londres/Stonehenge/Londres, optamos por alugar um veículo e fazer o trajeto sozinhos, ter mais liberdade, fazendo tudo no nosso tempo e gosto.

Mas para alugar um veículo na Inglaterra, é bom que você tenha um pouco de noção de como é dirigir em mão inglesa, ou seja, com volante e mão de direção contrários. Como ficamos uma semana em Barbados, que também possui mão inglesa e dirigimos todos os dias, não tivemos receio em alugar o veículo na Inglaterra. Lembre-se que todo cuidado é pouco, porque mesmo com proteção/seguro, uma colisão pode causar uma tremenda dor de cabeça durante sua viagem.

Mas é bom lembrar, também, que não é um bicho de sete cabeças dirigir em mão inglesa. Na hora de fechar o aluguel do carro, escolha um automóvel que tenha câmbio automático. Infelizmente, por equívoco grosseiro, alugamos um carro com câmbio manual, aí sim, foi bem mais chato dirigir trocando marchas do lado contrário. Mas no final, deu tudo certo!

Muita gente que decide visitar Stonehenge, combina de passar em Windsor, que fica no caminho, e/ou Bath, ou até mesmo em Oxford.

Entretanto, também cometemos outro erro (que é bom compartilhar com vocês para vocês não cometerem o mesmo). Compramos os tickets para visitar Stonehenge para às 12:00-12:30h. Pensamos que, com menos de duas horas de carro, daria super certo sair cedo de Londres, passar em Windsor, depois seguir para Stonehenge, e se, por fim, desse tempo, passar em Oxford e jantar no Jamie´s Italian Restaurant (do Jamie Oliver).

Claro que não foi desta forma! Apesar de marcarmos para retirar o carro, às 07h, com todas as burocracias, etc., acabamos saindo de Londres às 9h. Logo, Windsor já não daria mais para visitar naquele dia. E quase não chegamos a tempo do nosso horário agendado em Stonehenge. O bom foi que, com um limite que eles dão do horário (por exemplo, você compra o ticket de 09:30-10:00, você pode entrar a qualquer tempo dentro deste horário) conseguimos entrar e visitar o Santuário, como tínhamos planejado.

Mas por que atrasou tanto? Quando está quase chegando em Stonehenge, o trânsito já começa a ficar mais intenso, já que a maioria dos carros passa devagar para tirar fotos dali mesmo (existem muitos turistas que fazem isso). E acabou que ficamos um pouco retidos neste local, diante da lentidão do trânsito. Deveríamos ter realmente saído por volta das 07h, de Londres!

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Talvez, teríamos comprado os tickets para um pouco mais tarde, entre 13h, 13:30h, por exemplo. Nem cogitamos em comprar os tickets diretamente no local, por medo de esgotar rapidamente. E até por quê muitas pessoas recomendam comprá-los com antecedência.

Voltando ao ponto de como chegar em Stonehenge, se você alugar um GPS é primordial ter o endereço e CEP!!!! O GPS, na Inglaterra, é utilizado com o CEP. Então, sem CEP você não faz nada! Confesso que sempre descartamos os CEPs durante a confecção dos roteiros. Mas caso você esteja com a internet do celular ativa, não há que se preocupar! É só jogar no Google Maps e seguir o caminho.

O CEP (ou postcode, como é dito por lá) de Stonehenge é SP4 7DE.

Logo que você vê as pedras (sim! Você as vê da estrada) e os carros começam a parar ou andar bem devagar, você fica curioso para entender aonde é a entrada para o Santuário, por que você não vê nenhum aglomerado de pessoas que justifique uma entrada, etc. Só que, o Centro de Turistas (English Heritage Stonehenge) é bem distante do monumento. Então, você deve continuar pela estrada, e logo à frente avistará placas indicando a entrada para Stonehenge e o estacionamento do local. Em horários de pico, é cobrada uma taxa de 5 libras na hora da entrada, que é devolvido na hora da aquisição dos tickets.

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A estrutura turística que visitamos hoje é recente e bem moderna, um verdadeiro contraste com o monumento neolítico e arredores (que também e cheio de riqueza histórica). Logo que chegamos, procuramos o local para trocar os tickets (pois tínhamos apenas a confirmação encaminhada por e-mail), e seguimos imediatamente para começar a visita.

O ponto de apoio ao turista possui banheiros, restaurante, loja e WiFi… É o momento ideal para utilizar quaisquer destes serviços, porque no local das pedras, não existe nenhuma infra-estrutura, é claro.

Você começa com um vídeo das famosas pedras em 360º, com audio, onde parece que você realmente está entre as pedras de Stonehenge. Veja a evolução da área no mapa interativo deste link. Depois, observe atentamente uma exposição permanente com mais de 250 objetos da época. Tudo é muito curioso!

Uma exposição muito bacana também sobre como era a comida, bebida, meios de caça, pesca… instrumentos musicais.

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E como será que os construtores de Stonehenge transportaram aquelas gigantescas pedras? Há uma réplica de como pode ter sido o meio utilizado, inclusive você pode “tentar” mover a pedra (o que as crianças adoram). Claro, sem nenhum êxito! 😉

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Ali, ainda, você pode ver réplicas das supostas casas dos construtores de Stonehenge. É a possibilidade de ver te perto como podem ter vivido as pessoas a 4.500 anos! No vídeo que colocamos no começo deste post, mostra sítios arqueológicos encontrados a algumas milhas do monumento, que podem ter sido “uma cidade” utilizada pelos construtores de Stonehenge. Você, também, pode perguntar para algum dos voluntários sobre como foram construídas aquelas casas, o material utilizado, etc.

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E você seguindo a diante, você tem a opção de ir a pé, até o monumento, ou ir em um ônibus do Santuário. Como o ônibus leva diretamente para o monumento, preferimos ir a pé, passando por algumas áreas próximas muito importantes também. Na verdade, Stonehenge é o famoso, mas as proximidades existem outros pontos tão importantes quanto o próprio monumento.

No mapa abaixo, observe que chegamos pela A303, viramos à direita pela A360 até o Novo Centro de Visitantes. Tem uma estada ao lado do Visitor Shuttle Stop, que é de onde partem os ônibus até Stonehenge. Seguimos por aquele caminho, e na primeira encruzilhada (Fargo), tem um ponto de ônibus ali também, viramos à esquerda, e caminhos por toda a parte de “The Cursus” até “Cursus Barrows“, que foram ‘construções’ anteriores ao que vimos de Stonehenge, entre os anos de 3.600a.C. a 3.300a.C.

Mapa de Stonehenge

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A foto abaixo dá para ver como é chegando em Stonehenge, o estacionamento dos ônibus, o círculo que protege o lugar. E é ali que os tickets de entrada são cobrados. É possível ver algumas pessoas que não quiseram pagar o valor da entrada, tirando fotos atrás de uma cerca. Poxa! A estrutura construída para os turistas é tão bacana! O que custa ajudar com o pagamento do ticket de entrada?

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Depois que você apresenta seu ticket de entrada, você pode andar ao redor das pedras que são cercadas. Não podemos chegar tão próximos por questões de preservação das pedras e do local. Observa-se que algumas das pedras estão tombadas, outras já caíram. Então, não é permitido turista adentrar o círculo de proteção. E para os desavisados, funcionários do local estão lá para lembrá-los!

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E aí, você fica pensando como construíram aquele local, qual era o verdadeiro objetivo, a função de Stonehenge… quem ajudou a construir? Enquanto você pode sentir toda aquela energia única!

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Se valeu a pena? Muito! Foi indescritível conhecer este lugar tão curioso e cheio de mistérios!

Informações para sua visita, clique neste link, que você terá valores, horários e qualquer outra informação atualizados.

 

Fabiane Teixeira

Brasileira, Mineira de Belo Horizonte, 35 anos, conhece 38 países, é Advogada e Professora de Direito Civil, e nas horas vagas Viajante e Blogueira. Junto com meu Fábio vamos conhecer e te apresentar o mundo!

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