Cânions Fortaleza e Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul

 
O Brasil possui belezas indiscutíveis.  O Rio Grande do Sul, por exemplo, possui os cânions Fortaleza e Itaimbeizinho que são incríveis. Saiba aqui como visitar os cânions Fortaleza e Itaibeizinho.
Na última semana, fizemos uma road trip pelo Rio Grande do Sul. Já conhecíamos Gramado, Canela e Bento Gonçalves. Gramado e Canela são cidades ideais para casais apaixonados, famílias com crianças, e destino muito procurado por pessoas da terceira idade. Já Bento Gonçalves é um caminho perfeito para conhecer vinícolas renomadas do Rio Grande do Sul, que hoje, estão lado a lado com importantes vinhos internacionais.
Desta vez, escolhemos conhecer o lado mais “aventureiro” do Sul, fazer ecoturismo, conhecer cachoeiras, desbravar trilhas e cânions. Então, escolhemos Caxias do Sul, como nosso ponto âncora, e de lá, de carro, conhecemos a região do Vale Trentino, Farroupilha, Nova Petrópolis, e os famosos cânions que partem de Cambará do Sul, o Cânion Fortaleza e o Itaimbezinho.
Nesta primeira etapa de publicações, vamos compartilhar as informações sobre os cânions, que, não desmerecendo os outros locais, foi um dos pontos altos da nossa viagem.

Sobre os Cânions Itaimbezinho e Fortaleza:

A região de Cambará do Sul tem vários cânions, mas os mais visitados e conhecidos são os Cânion Fortaleza e Cânion Itaimbezinho.

Cânion Fortaleza, Cambara do Sul, RS

O Cânion Fortaleza é o mais impressionante deles. Talvez por sua extensão que acaba o deixando mais belo. Ele está localizado no Parque Nacional da Serra Geral, que foi criado em 1992 e possui ao todo quase 18km de extensão. Os paredões do cânion possuem até 7,5km de extensão, e alguns pontos, eles medem até 900 metros de altura. Conta-se que seu nome é devido à sua formação geológica, que lembra uma Fortaleza. Nele, você pode fazer três trilhas: a trilha do mirante, trilha da cachoeira do tigre preto e a trilha da pedra do segredo.

Já o Cânion Itaimbezinho está localizado no Parque Aparatos da Serra, possui extensão de 5,8 km, 720 metros de profundidade e 600 metros de largura. O nome é de origem tupi-guarani, que significa “pedra cortada”. Na parte do Parque Aparados da Serra pode-se fazer duas trilhas: a trilha do vértice e a trilha do cotovelo.

Como Chegar nos Cânions Fortaleza e Itaimbeizinho:

A melhor forma de chegar aos Cânions é partindo de Cambará do Sul. Uma cidade bem pequena que, infelizmente, não possui aeroporto. Os aeroportos principais para chegar em Cambará do Sul são de Porto Alegre, a 193km, e o de Caxias do Sul, a 140 km.
Aeroportos:

Apesar de Caxias do Sul estar mais próxima de Cambará, tem uma grande desvantagem em seu aeroporto: uma neblina típica e constante que, quando toma conta da cidade, nenhum avião pousa ou decola de lá. Então, os voos são cancelados e redirecionados para Porto Alegre. Infelizmente, tivemos esse dissabor no nosso retorno. Por incrível que pareça, no final do dia, baixou uma neblina tão forte no aeroporto de Caxias do Sul, que os voos foram cancelados, e a empresa remarcou para o dia seguinte partindo de Porto Alegre. Em cumprimento às regras da ANAC, forneceram transporte até a cidade, além de hospedagem e refeição.

Tudo saiu certinho, sem maiores problemas. Mas não deixa de ser incômodo um cancelamento de voo. Mas se querem um dica, escolha o aeroporto de Porto Alegre para evitar este tipo de situação típica e comum por lá.Onde se hospedar

Ficamos hospedados em Caxias do Sul (falarei oportunamente), mas existem inúmeras opções em Cambará do Sul. Inclusive aconselhamos que a hospedagem seja lá. Já que partindo de Caxias do Sul, são 140km, a estrada não é boa, e quanto mais cedo chegar nos cânions melhor.

Quanto tempo é necessário para cada cânion:

Recomenda-se um dia para cada cânion, sendo que, se você for fazer a trilha do Rio do Boi, será necessário mais um dia. Impossível fazer as duas trilhas no mesmo dia, pois, em que pese os parques fecharem às 17h, a entrada para algumas trilhas se dá somente até às 15h.

Como chegar nos cânions:

Chegando em Cambará do Sul é muito fácil chegar nos Cânions. Os principais deles estão localizados em direções distintas, conforme mapa abaixo:

Para chegar no Cânion Fortaleza, é só continuar pela Av. Getúlio Vargas por 23 km, sendo uns 8km de estrada de terra (e não era tão boa), o que fará uma demora de uns 40 minutos no trajeto. Já para chegar ao Cânion Itaimbezinho, é só seguir pela Av. Getúlio Vargas, também, entretanto, virar à direita próximo ao supermercado Pioner (tem placas indicando também), e então é só seguir direto.Logo na entrada da cidade, existe uma Agência de Turismo que vende o mapa (R$ 3,00), e também oferece o passeio aos cânions, além de outras atrações.

Mas vamos ser justos e transparentes! Você pode fazer os passeios aos cânions sozinho, sem ajuda de um guia. Inclusive, no site da cidade que consta informações, fala que para conhecer os cânions não é necessário o acompanhamento de guias. Entretanto, apenas para a trilha do Rio do Boi recomenda-se a companhia de guias. Mas é sempre bom lembrar que, fazendo a trilha sem guia, devemos cuidar da nossa segurança, pois em quase todo o tempo, estamos a beira de paredões de 700 a 900 metros, onde acidentes podem ser fatais.

Fizemos todas as trilhas dos cânions sozinhos e não tivemos qualquer problema ou dificuldade. Com exceção da trilha do Rio do Boi, que nem é recomendada para o inverno, já que a água do rio é bastante fria.

Então, alugamos um carro normal (como não tinha barro, não foi necessário algum do tipo 4×4), e seguimos as indicações no caminho.

Logo no começo da estrada a neblina estava muito forte. Não era só nuvens que camuflava a paisagem, era quase impossível enxergar a estrada! Sem falar do frio intenso que, mesmo insistindo até o começo do cânion (esperança é a última que morre!), foi impossível descer do carro! Veja a diferença para o segundo dia que fomos:Cânion Itaimbezinho:

Como comentado anteriormente, a região é de muita instabilidade climática. Inclusive, o pessoal do parque nem fala com precisão se você deve ir aos cânions. E a primeira dica é que você não deve desistir! O primeiro dia da nossa viagem estava completamente coberto de neblina, mesmo saindo de Caxias do Sul com um lindo dia! Fomos primeiro no Cânion Fortaleza, e como estava completamente coberto, um frio absurdo, decidimos tentar o Cânion Itaimbezinho, que fica um pouco distante do Fortaleza, em direção oposta.

Para nossa surpresa, a região do Cânion Itaimbezinho estava bem melhor que a do Cânion Fortaleza, mas com grande instabilidade, claro! Era minutos de visibilidade, seguidos por minutos de paisagens encobertas.

O Cânion Itaimbezinho possui três importantes trilhas: a trilha do vértice, a trilha do cotovelo e a trilha do Rio do Boi. Como o tempo estava muito instável e já estava mais tarde, escolhemos conhecer apenas a trilha do vértice.

A trilha do vértice é bem curta, em torno de 1,5 km a caminhada, que leva até a borda do cânion e a belíssima Cascata Andorinhas. O caminho é bem tranquilo e fácil, além de ser bem cercado, com placas informando para não ultrapassar daquele ponto, sob risco de queda.

Mais da trilha
Vista para a Cascata Andorinhas, ainda encoberta por neblina.

Neste dia, como a visibilidade estava muito ruim, não conseguimos enxergar a Cascata Véu da Noiva, que se trata de uma queda de 700 metros, que é possível avistar da trilha do vértice. Mas mesmo com o tempo ruim, conseguirmos assistir à beleza da Cascata Andorinhas, logo no começo do cânion:

A grande instabilidade climática.

 

Cascata Andorinhas

A trilha do cotovelo é considerada uma trilha leve. Entretanto, são aproximadamente 6,3 quilômetros de ida e volta, sendo que do mirante desta trilha é possível observar em torno de 70% do cânion. Para os que desejarem fazer esta trilha, a mesma está aberta para última entrada às 15h. Depois deste horário, não é possível mais fazê-la.

A trilha do Rio do Boi é um passeio que se faz mediante guias da cidade, na parte inferior do cânion, que possui um rio que contorna toda a extensão, em torno de 8,3 km no total, que dura cerca de 5 a 7 horas. A informação que tivemos é que é um passeio maravilhoso! Entretanto, deve ser feito no verão, vez que a água do rio e das inúmeras cachoeiras que se formam no caminho é gelada!

Quem tiver interesse de fazer este passeio, existem inúmeras agências de turismo na cidade que oferecem o serviço.

Notas: quase todo o percurso da cidade de Cambará do Sul até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra é de estrada de terra (em torno de 18km). Logo que você chegar na entrada do parque, você deverá pagar pelo ingresso, que custa R$ 6,00 por pessoa, bem como o estacionamento do parque, que é R$ 10,00 por veículo. Um pouco mais adiante, no estacionamento, vão te cobrar os tickets. Depois, menos de 200m, chega-se ao ponto de apoio do Parque, que tem instrutores que explicam o cânion em uma maquete. Lá também, você encontra banheiro (em nenhum outro ponto da trilha existe banheiro). Deste ponto de apoio, parte-se para a Trilha do Vértice e do Cotovelo. A trilha do rio do boi sai de outra cidade, Praia Grande, em SC.

Cânion Fortaleza:

No primeiro dia que fomos ao Cânion Fortaleza, a única atração que vimos foi um Graxaim do Mato, muito típico por lá. Já no segundo dia, a paisagem foi incrível!

Vista da borda do cânion

O Cânion Fortaleza é um belíssimo espetáculo da natureza! Ficamos encantados e surpresos com tanta paisagem! Ficamos o dia todo e conseguimos fazer as três trilhas: trilha do mirante, trilha da cachoeira do tigre preto e trilha da pedra do segredo. Logo que você chega ao ponto onde os carros ficam estacionados, você segue uns 200 metros e já está na borda do cânion, com a visão abaixo:

Da foto abaixo, dá para ver como a estrada passa perto dos cânions. Se você quer somente ver a paisagem acima, é muito tranquilo! Qualquer idade (desde criança a pessoas mais velhas), conseguem fazer a trilha até a borda do cânion, que por si só, já vale a pena!

Para os mais dispostos, vale a pena fazer a trilha do mirante, que possui ao todo 3,2km. É um caminhada leve, com algumas subidas mais fortes, mas bem delimitada. É só seguir o caminho e fluxo das pessoas que não tem erro! Deste mirante você tem uma visão de 95% do cânion, onde é possível observar os paredões de forma panorâmica, além de visualizar o Rio da Pedra, e uma belíssima cachoeira que forma sua queda em um dos paredões.

É tudo muito indicado, conforme a foto abaixo. Dá para ver que ou você vai para o mirante, o topo que você enxerga na foto abaixo, ou para a Borda do cânion. Se você seguir reto, passando por uma pequena trilha, você também chega na borda do cânion.

O pontinho branco da estrada, ao centro, é onde estacionamos os veículos.
Conseguem ver o Fábio no alto do paredão?
Vista da borda do cânion

Depois, partimos para as outras duas trilhas, sendo a primeira delas a Trilha da Cachoeira do Tigre Preto. Para chegar nela, você volta em torno de 1,5km de carro, onde terá outros carros estacionados na beira da estrada (existem placas indicando também).

A trilha para a Cachoeira do Tigre Preto e da Pedra do Segredo é a mesma, mas é um pouco mais puxada. Os acostumados com trilhas devem pensar “ham? puxada?!” Puxada que eu digo para nós que somos iniciantes. Mas como dá para ver das fotos abaixo, você passar pela borda deste rio, e lá na frente já é a cachoeira, que só dá para ver direito se você continuar na trilha. Entretanto, você tem que passar pelo próprio rio, pulando de pedra em pedra. Sendo que alguns pontos você molha bastante os pés. Mas foi uma experiência incrível para nós, iniciantes de trilhas.

E todo cuidado é pouco! Como dá para ver da foto abaixo, chegamos bem próximo da queda da cachoeira. Neste ponto, dá para ter uma visão de apenas 10% do cânion.

Mas depois, a gratificação: uma bela visão da Cachoeira do Tigre Preto, que possui três quedas, e em torno de 400 metros.

Cachoeira do Tigre Preto
Nesta foto, dá para ver que a trilha é na borda superior da primeira queda da cachoeira

Continuando na trilha depois da cachoeira, que é só seguir o caminho e algumas placas indicativas, você chegará em outros pontos onde é possível visualizar o cânion e a Pedra do Segredo.

A Pedra do Segredo é bloco monolítico de 5 metros de altura e de aproximadamente 30 toneladas, que parece se equilibrar sobre uma placa de 50 centímetros. Bem… na verdade, esperávamos mais!

Notas: para chegar ao Cânion Fortaleza, é necessário continuar na Av. Getúlio Vargas, em Cambará do Sul, por cerca de 23 km, sendo que uns 9km são de estrada de terra. Faltando 4 km para a borda do cânion, existe um ponto de controle de entrada e saída de veículos. A entrada ao parque é gratuita, uma vez que não possui infraestrutura. Neste ponto, você pode ir ao banheiro, depois, não tem nem banheiro, nem local de venda de lanches etc. Você continuará de carro até bem próximo da borda do cânion, onde você deixará seu carro estacionado. Antes de chegar na borda do cânion, você passará pela entrada das duas trilhas (da cachoeira do tigre preto e da pedra do segredo). Continue adiante para chegar até a borda do cânion.

Para visitar os cânions não esqueça de:

– Vá com roupa confortável para caminhada;
– Vá com sapato para trekking ou tênis de caminhada;
– Passe protetor solar e repelente;
– Leve água;
– Leve algum lanche;
– Não jogue lixo na trilha.

Bem… valeu muito a pena!

O telefone de contato dos parques é (54) 3261-6964. Apesar deles falarem que dão informações sobre o tempo, para gente não deram. Na verdade, eles ficam receosos de falar que o tempo está bom, e mudar repentinamente! Mas vale a pena tentar!

Dica de restaurante em Cambará do Sul: recomendamos o Galpão Costaneira, localizado na Rua Dona Úrsula, 1069, em Cambará do Sul. O buffet é de comida típica gaúcha e muito saborosa, sendo o valor de R$ 25,00 por pessoa, incluindo buffet de sobremesa (bebidas não inclusas). Existe a possibilidade de pedir a parte carnes grelhadas. O restaurante aceita apenas cartões de débito.

Dicas para visitar a Ilha de Marajó

Um dos destinos mais exóticos que já visitamos até hoje foi a Ilha de Marajó, no Estado do Pará. Todos os elogios que ouvimos deste local foi pouco, perante toda a sua beleza natural e selvagem.
O arquipélago de Marajó está localizado na foz do Rio Amazonas, é banhado também pelo rio Tocantins e Oceano Atlântico. É considerado o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, com uma extensão de quase 105 mil km² espalhados por quase 2.500 ilhas e ilhotas (esta informação foi obtida do mapa turístico e cultura de Soure, fornecido nos hotéis da região).
Quando ir?
O clima do arquipélago é equatorial superúmido, o que faz com que tenha apenas duas estações: o inverno chuvoso (janeiro a junho), e o verão seco (julho a dezembro), que acaba sendo a melhor época para visitá-lo.

O que todo paraense comenta e acaba brincando é que sempre chove por lá. Parece que é meio rotineiro cair uma pancada de chuva a tarde, depois passar e abrir novamente um lindo céu azul. Aconteceu conosco em um dos dias. Mas o que ficamos sabendo também foi que, o inverno nada tem de frio, mas sim de muita chuva. E a deste ano acabou judiando da Ilha. As estradas estão completamente destruídas, com muitos buracos o que é quase uma missão impossível trafegar de carro, de moto ou bicicleta por lá. Mas já iniciaram o conserto.Quanto tempo ficar?A Ilha de Marajó contém cerca de 50 mil km², sendo que inúmeras ilhas fazem parte desta extensão. Então, acredite, você terá muita coisa para conhecer! Recomenda-se pelo menos 02 (dois) dias na Ilha. Mas como ficamos 2 dias e meio, sinceramente, achamos pouco tempo. O ideal seria 4 dias para conhecer bastante coisa deste pedacinho da Amazônia.Como chegar?

Para chegar a Ilha de Marajó, a melhor opção é partindo de Belém. Tem a opção de fretar um pequeno voo, para até 5 pessoas (em torno de R$ 1.500,00), ou partir de navio do Terminal Hidroviário de Belém (Avenida Marechal Hermes, Armazém 9, da Companhia Docas do Pará, Belém/Pará).

Só que para os navios para a Ilha de Marajó partem apenas duas vezes por dia, às 06:30h e às 14:30h, de segunda-feira a sábado, e aos domingos, somente às 15h. O valor da passagem é R$ 21,72, denominado “classe regional”, que não tem ar-condicionado, e para a classe turística, R$ 34,75 por pessoa (que é uma área menor do navio, com ar-condicionado). O trajeto dura cerca de 3 horas, podendo ser um pouco menor em decorrência da correnteza.

É importante chegar ao local pelo menos 30 minutos antes, para não ter risco de não conseguir passagens. Mas em alta temporada, é ideal adquirir o ticket com um dia de antecedência, pelo menos. Observamos que há muitos moradores da região que utilizam o transporte, então, está quase sempre cheio!

O navio aporta em Camará, que fica em Salvaterra, e é bem distante de Soure. Então, é necessário pegar uma van/micro-ônibus com ar condicionado (indico o Edgar Barbosa (91) 8100-5222), valor de R$ 13,00 por pessoa, e o trajeto dura cerca de uma hora, sendo necessário atravessar em um balsa (antes de chegar em Soure), e eles te deixam no Hotel.

Existe ainda a possibilidade de ir de ferry boat (balsa), para quem está de carro. Ela parte de Icoaraci, que fica um pouco mais distante de Belém (vi informações em alguns sites que é em torno de 30km, e em outros 13km, quem souber maiores detalhes, favor compartilhar nos comentário). O local das vendas das passagens é no Terminal Rodoviário de Belém. Maiores informações (91) 3246-7472.

Obs.: a volta da Ilha de Marajó para Belém ocorre às 14:30h, todos os dias.

Onde ficar?

O melhor local para se hospedar na Ilha de Marajó é em Soure, que é considerada a capital informal de Marajó, e é o local onde se concentra a maior quantidade de hospedagens.

Em Marajó, ficamos hospedados em Soure, no Casarão da Amazônia.

Este Hotel é um casarão colonial, com mais de cem anos, que foi totalmente restaurado e convertido para hospedagens. De todas as pesquisas que fizemos, ele parece ser uma das melhores opções de hospedagens em Soure. Pelo menos foi muito bem recomendado pelos que se hospedaram lá. Só tem dois pontos negativos: o valor da diária é bem alto comparado com as demais da região (em torno de R$ 250,00 a R$ 300,00), e o café da manhã é bem simples. Quando digo simples, quero dizer que não tem nada demais (só pão, bolo, dois tipos de frutas, mussarela, presunto, manteiga, suco, leite, café e tapioca). Mas em contrapartida, o hotel é muito limpo, confortável pelo que a região oferece, pessoal atencioso, dedicado e prestativo.

O restaurante do hotel é excelente! Comida super saborosa, bem feita, não são pratos caros (em torno de R$ 20,00 a R$ 30,00), e é feito na hora do pedido e de forma rápida. Experimentamos o filé marajoara, que é o prato típico do local, composto por filé de búfalo, com queijo de búfala, arroz temperado e batatas fritas. Outra opção deliciosa que é oferecida na Ilha de Marajó, é um peixe chamado Filhote. Delicioso! Experimentamos também o omelete com camarão, uma massa com um molho de camarão.

Filé Marajoara (filé de búfalo com queijo de búfala)
Filhote com salada

Meio de transporte:

O centro de Soure dá para fazer até a pé. Táxi é quase um artigo de luxo na ilha, então, é bem caro!

O que fazer em Marajó? 

Como falamos anteriormente, a Ilha de Marajó tem inúmeras atrações, dentro das quais se destaca:

– Passeio à Fazenda Bom Jesus:
Contato: Eva Abufaiad – (91) 3741-1243 e (91) 9616-6999 – email: [email protected]
Valor: R$ 75,00 por pessoa

Trata-se de um passeio imperdível a uma extensa Fazenda de propriedade da Dra. Eva, que fica cerca de 10 km do centro de Soure. O local é composto por uma natureza tipicamente selvagem: muitas represas, muita área de preservação, que é abrigo certeiro para animais como guarás, garça real, marrecos selvagens, jacarés, bicho-preguiça, búfalos selvagens e muito mais! O passeio deve ser tratado e agendado anteriormente, com a proprietária, sendo que o valor de R$ 75,00 por pessoa inclui o transporte do Centro de Soure à Fazenda, e tour guiado pela própria Dra. Eva, com possibilidade de montar em touros para fotografias, visita à Capela da Fazenda, que possui um pequeno museu sacro, e, ainda uma deliciosa degustação de produtos típicos da região (no dia, experimentamos torradinhas com manteiga de búfala, doce de leite de búfala, geleia de cupuaçu e bacuri, além de suco de graviola).

Esta é a Dra. Eva, pessoa boníssima e proprietária da Fazenda Bom Jesus

O passeio dura cerca de duas horas (é realizado por volta das 15h), e além de você fazer uma parte do passeio de carro, você também anda um pouco pelo local que é considerado um viveiro aberto de aves, onde tivemos o prazer de assistir a uma revoada com um belíssimo pôr do sol. Este passeio é ideal para crianças.

É importante frisar que neste passeio você só monta no búfalo para dar uma pequena volta guiada pelo vaqueiro, que dura menos de 2 minutos. É mais para as pessoas tirarem fotos mesmo.

– Fazenda São Jerônimo:
Contato: (91) 3741-2093 (91) 8227-0682 – email: [email protected]
Valor: R$ 50,00 por pessoa

O passeio à Fazenda São Jerônimo já não é aconselhado para crianças. Ele dura cerca de 2 horas, com saída as 11h (ou o momento ideal que a maré estiver mais alta, sendo possível o passeio de canoa pelos Igarapés). O passeio inclui caminhando em búfalos por cerca de 30 a 50 minutos, caminhada sobre as passarelas dos mangues (manguezais ou mangais como é chamado pelos nativos), caminhada pela Praia Goiabal, que é uma praia bem selvagem (foto acima), depois passamos por dentro da mata, numa caminhada de 15 minutos, e por fim, um passeio de canoa pelos Igarapés. Todo o passeio é acompanhado por um vaqueiro da Fazenda São Jerônimo.

– Praias:

Praia do Pesqueiro: fica a 12 km do Centro de Soure. Tem infra-estrutura com várias opções de restaurantes, sendo que recomendamos o Maresia Bar (da Sandra e Nelsão), comida deliciosa, e atendimento muito bom. Infelizmente, achamos a areia um pouco suja de tampinhas de garrafa, canudinho, papéis, etc.

Conforme se vê das fotos, a areia é bem socada e um pouco úmida da maré que sobe muito, e a água é bem quente, apesar de mais barrenta. Quem entrar nas águas deve tomar cuidado com as arraias, muito comum na região. Eles explicam que é bom entrar com o pé arrastando na areia. Assim, caso tenha alguma arraia, você acaba por tocá-la para outro local, ao invés de pisá-la e possivelmente ser machucado pelo ferrão.

Praia Barra Velha fica a uns 6 km do Centro de Soure, e também é conhecida pela extensão da areia, águas calmas, mas também barrenta e quente. Tem infra-estrutura com restaurantes e guarda-sol com mesas e cadeiras.

Para chegar a praia de Barra Velha, fomos de bicicleta. Quase chegando a Praia, você encontra uma porteira de uma Fazenda, onde fica um senhor “meio que vigiando” a entrada, mas nada é cobrado (a não ser uma taxa que ele fala para caso de fotografias da Fazenda, mas na praia você pode tirar normalmente, ou seja, não pagamos esta taxa.) Depois da porteira, você anda mais alguns minutos e chega em uma ponte sobre o manguezal. Se você optar por ela, andará um pouco mais no caminho conforme a foto abaixo. Ou então, você pode continuar direto pela estrada, que chegará em poucos minutos na praia, num caminho muito mais rápido. Mas o caminho sobre o mangue é mais bonito.

Praia Araruna fica ao lado de Barra Velha. É mais deserta, sem infra-estrutura.

Outros passeios recomendados que não conseguimos realizar, por não termos ido de carro: furo do Miguelão (20minutos de lancha); ruínas Jesuítas (Joanes, 25 km de Soure), Museu do Marajó (Cachoeira do Arari, 75 km de Soure).

Onde comer?

Quase todos os dias comemos no próprio restaurante do hotel, que é uma delícia! Mas fomos conhecer o famoso Delícias de Nalva, na Travessa 4, 1051 (91) 8301-0110, que tem como especialidades diversos pratos da culinária paraense. Infelizmente, ficamos sabendo que D. Nalva faleceu em 2015, e até agosto o restaurante ainda estava fechado. Uma pena! 🙁

Experimentamos o Filé à Cavalo Marajoara, que é feito de filé de Búfalo e queijo de búfala, arroz, farofa com castanha do Pará, bananas fritas e tortilha de queijo (custa R$ 60,00 e serve duas pessoas).

 

Viena e a Música

Viena é conhecida como a capital da música, e foi onde excelentes e grandiosos compositores exerceram influência, como Mozart, Beethoven, Johann Strauss, dentre outros. Ir em Viena e não assistir a um concerto ou ópera é como ir a Roma e não ver o Papa, ir a Paris e não ver a Torre Eiffel.
Como não poderia deixar de ser, em Viena, existem muitas casas de ópera que oferecem momentos únicos de deleite à música, mas a Wiener Staatsoper (Ópera Estatal de Viena), continua sendo uma das casas de ópera mais importantes do mundo, quiçá a melhor delas! E foi a que escolhemos para assistir a um concerto.

É aconselhável reservar com antecedência os tickets para algum evento na Staatsoper, pois, alguns deles costumam ficar cheios, sem qualquer possibilidade de aquisição no dia. Desta forma, optamos por adquirir pela internet, em torno de dois meses antes da nossa viagem (dependendo do evento, aconselha-se que seja até antes disso).
Acesse este link, escolha o evento e data de acordo com sua disponibilidade. Nós optamos por retirar o ticket no local, e assim fizemos no dia do evento, logo cedo. 
Por ser uma das mais tradicionais Óperas de Viena, exige-se a vestimenta formal: homens de terno, e mulheres em trajes elegantes. Mas infelizmente, o dia que escolhemos para o Concerto estava extremamente frio, e apesar de ter ido com vestido elegante, não consegue deixar um sobretudo de lado (mas todas as mulheres estavam assim). E legal também saber que tem uma estação de metrô no próprio quarteirão da Staatsoper, o que significa que você vai encontrar pessoas muito elegantes andando pelo metrô para assistir a Ópera!

O Concerto que assistimos foi da Anja Harteros (soprano) com Wolfram Rieger (piano), e  foi lindo e emocionante! 

 

Durante o intervalo, local para lanchar (pago, não é incluso no ticket)

Algumas regrinhas básicas para assistir a uma ópera ou concerto:
– Ninguém tira fotos ou filma durante o evento, somente nos momentos anteriores, intervalos e final;
– Ninguém fica conversando durante o evento, o silêncio impera durante a apresentação;
– Em um concerto ou em qualquer outro show musical, só se deve aplaudir no fim do número completo. Se você não tiver certeza se acabou, espere o resto da plateia se manifestar.
Por fim, existem outros concertos e óperas oferecidas na cidade, inclusive na Stephanplatz (a praça central), ficam alguns vendedores com roupas e perucas de época oferecendo concertos para a Wiener Residenzorchester
Este concerto é mais informal e custa em torno de 50 Euros por pessoa.
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