31 dias em Nova York: Central Park – Parte 01

Neste post, vamos compartilhar um pouco do nosso dia 01 de janeiro de 2015, num passeio inesquecível, sem pressa e preocupações pelo Central Park, o primeiro de uma série de 03 posts sobre um dos mais conhecidos parques urbanos do mundo e primeiro parque público dos EUA, com entrada gratuita desde 1858.

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Além disso, vamos compartilhar um pequeno guia sobre o parque, fruto das diversas visitas que fizemos durante os 31 dias que ficamos em NYC. Para saber como foi o nosso Reveillon, também no Central Park, clique aqui.

Primeira dica: Ilusão achar que é possível conhecer o Central Park durante uma manhã de caminhada, ou até mesmo em um dia.

Nas duas visitas anteriores a Nova York, em 2010 e 2013, confesso que apenas “passamos” pelo Central Park, com duas caminhadas muito superficiais nas regiões mais badaladas (leia-se W 59th St nas proximidades da 5 Avenida e região do entorno da 81th St, ao lado do Museu de História Natural).

Dessa vez foi muito diferente e muito mais proveitoso!!

Com 31 dias disponíveis para explorar a “Big Apple”, começamos o ano visitando o famoso Edifício Dakota, situado na esquina da 72nd Street com Central Park West:

Foi neste local onde, no dia 8 de dezembro de 1980, por volta das 23h, o Ex-Beatle John Lennon foi brutalmente assassinado com 4 disparos de arma de fogo por Mark David Chapman, que até hoje cumpre prisão perpétua pelo ocorrido. Para os fãs declarados de uma das maiores bandas de todos os tempos, foi como sentir um chute no estômago!

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Adeus, John Lennon!!

Logo na entrada do Central Park pela 72nd Street, a poucos metros do Edifício Dakota, você pode iniciar sua visita pelo “Strawberry Fields“, um memorial vivo a John Lennon e homenagem a uma de suas canções favoritas, “Strawberry Fields Forever”, de 1966.

O Strawberry Fields foi inaugurado no dia 09 de outubro de 1985, no 45 aniversário de nascimento de Lennon, e o mosaico em preto e branco da foto abaixo foi criado por artesãos italianos e entregue como presente pela cidade de Nápoles. Nas proximidades do mosaico, encontra-se uma placa de bronze que lista os 121 países que endossam o “Strawberry Fields” como um “Jardim da Paz”.

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Imagine there’s no heaven/ It’s easy if you try/ No hell below us/ Above us only sky/ Imagine all                                                                           the people/ Living for today

E para fechar com chave de ouro o momento “John Lennon” de NYC, uma “palhinha” de “Imagine”, do mestre John Lennon.

Também ao lado do Edifício Dakota, logo na entrada do Central Park, temos o “Riftstone Arch“, construído com blocos de xisto e parada obrigatória para ótimas fotos.

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Sugerimos caminhar sentido “norte” do Central Park, acompanhando o “Central Park W” até o “The Lake”, lago criado pelos desenhistas de parques Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux, no local onde era localizado um antigo pântano e hoje uma excelente opção para passeios de barco no verão. É uma excelente local para apreciar a bela paisagem e fotografar a selva de pedra novaiorquina.

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Era um lindo dia ensolarado e de muito frio, na faixa dos 3 graus, e resolvemos caminhar sem pressa pela “West Drive”, apreciando as belíssimas paisagens.

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Próximo ao “The Lake”, parada obrigatória para o “Ladies Pavilion”, um exemplo clássico das artes decorativas americanas do século 19, projetado pelo arquiteto Jacob Wrey para ser um ponto de parada para os passageiros do bonde que por ali trafegava, inicialmente localizado na entrada do Central Park West 59th e transferida para o local atual décadas atrás.

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Ladies Pavilion

Do “Ladies Pavilion” você tem vista privilegiada do “The Lake”, bem como dos prédios localizados na “Central Park West.”

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Seguindo pelo norte do Central Park, rumo a “Oak Bridge”, ou “Ponte de Carvalho”, aproveite os encantos do Central Park e aproveite para tirar muitas fotos.

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Belas paisagens!!
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Parada obrigatória para fotos!!

Mudando um pouco a direção e seguindo para o centro do Central Park, rumo ao “The Ramble”, eis a primeira parada para fotos: “Oak Bridge at Bank Rock Bay”, uma ponte construída com carvalho branco, daí seu nome, e recriada em 2009, utilizando para tanto fotos antigas e desenhos originais. Projetado por Calvert Vaux, é uma das pontes mais elegantes do Central Park e porta de entrada para o “The Ramble”, ou “Jardim Selvagem”.

Eis um dos lugares mais populares e visitados do parque, principalmente para os que adoram observar pássaros e devido ao excepcional “skyline” de NYC.

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Cerca de 300 metros após a “Oak Bridge”, estamos diante da porta de entrada do “The Ramble”, conhecido como “Ramble Stone Arch”, um arco formado por rochas no formato de uma fenda, construído com pedras do próprio parque. No século 19 existia inclusive uma caverna subterrânea, que foi fechada na década de 1920.

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Agora sim, você está diante do “The Ramble”, o famoso “Jardim Selvagem” do Central Park. Os designers do Central Park imaginaram um local tranquilo, onde os visitantes poderiam passear tranquilamente e descobrir lindos jardins floridos ao longo de uma caminhada. Eis, então, o lugar ideal para fugirmos da rotina das metrópoles e ficarmos completamente perdidos no meio da natureza. Aprecie sem moderação!!

Após se deliciar com as belíssimas paisagens do “The Ramble”, caminhe em direção à “Bow Bridge”, a primeira ponte de ferro fundido do parque e a segunda mais antiga da América, construída entre 1859 e 1862, que lembra o arco de um violinista e liga o “The Ramble” ao “Cherry Hill”, nossa próxima parada.

A ponte é considerada um dos cenários mais românticos de NYC e xodó dos fotógrafos que lotam as imediações.

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Bow Bridge

Das proximidades da Bow Bridge e do “The Lake” é possível, inclusive, tirar fotos muito bacanas com os prédios da “Central Park West” ao fundo.

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The Lake começando a ficar congelado

Em 5 minutos de caminhada após a “Bow Bridge”, mais um “pit stop” obrigatório, com vista privilegiada para o “The Lake” e para o “The Ramble”. Estamos diante do “Cherry Hill”, um espaço perfeito para piqueniques, uma boa leitura ou banhos de sol no verão.

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Cherry Hill
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Vista privilegiada do “The Lake”

No centro do “Cherry Hill” temos o “Cherry Hill Fountain”, projetado por Jacob Wrey, o mesmo responsável pelo “Bethesda Terrace”, e que fora utilizado em tempos remotos como bebedouro para cavalos. Nos dias atuais é famoso pelas belas fotografias e está presente em diversos filmes hollywoodianos.

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Cherry Hill Fountain

Já na parte final do nosso passeio, finalmente chegamos ao “Bethesda Terrace”, considerado o coração do Central Park, um verdadeiro “terraço” com vista fantástica para o “The Lake”. As lindas esculturas do local representam as quatro estações do ano.

No centro do “Bethesda Terrace”, a belíssima “Bethesda Fountain”, com o belíssimo Anjo no topo. A estátua faz referência ao Evangelho de João, que descreve um anjo abençoado compartilhando seus poderes de cura. O anjo segura um lírio na mão esquerda, que é o símbolo da pureza da água, muito importante para uma cidade que sofreu uma epidemia devastadora antes da criação do sistema atual.

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O mesmo local, já com neve, no final do mês de janeiro de 2015.

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Bethesda Terrace

Do “Bethesda Terrace” é fácil chegar ao “The Loeb Boathouse”, um restaurante bastante agradável à beira do lago, com preço razoável, comida deliciosa e bom atendimento. Boa oportunidade para uma pausa estratégica durante um dia de intensas atividades no parque.

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The Loeb Boathouse

Seguindo para o Sul do Central Park pelo “The Mall”, eis a primeira escultura do Central Park, o busto do dramaturgo, poeta e filósofo “Johann Von Schiller”, originalmente instalado no “Ramble” e “transferido” para as proximidades do “The Mall” ainda no século 20.

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Homenagem ao dramaturgo, poeta e filósofo Johann Von Schiller

Poucos metros ao sul, o busto de bronze do famoso compositor e maestro irlandês-americano Victor Herbert, localizado no exato local de suas inúmeras performances memoráveis nos idos de 1890. Nascido em Dublin, Herbert se mudou para Nova York com sua esposa Therese, uma famosa cantora de ópera de Viena.

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Homenagem ao famoso compositor e maestro irlandês-americano Victor Herbert

Praticamente ao lado da “Center Drive”, caminhando rumo a 65th St Transverse, a escultura “Eagles e Prey”, construída em Paris no ano de 1850, entregue como presente à cidade e instalada no longínquo ano de 1863.

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Eagles e Prey

Encerramos o nosso primeiro dia no Central Park caminhando pela “Central Drive” até a “65th St Transverse”, e aproveitamos para tirar mais algumas belas fotos do parque. Retornamos pela 67 Central Park West, ao lado da “Tavern On The Green”.

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Lindo dia no Central Park!!

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Aqui praticamente encerramos o nosso primeiro de janeiro de 2015 em NYC, bem como esse primeiro de uma série de 03 posts sobre o “Central Park”, lembrando que o roteiro compartilhado nesse post pode ser realizado no mínimo durante um dia inteiro, para caminhar, apreciar e tirar muitas e muitas fotos…

Até a próxima!!

Fábio Almeida

Major, 43 anos, conhece 38 países, viajante inveterado, cinéfilo, apreciador de vinhos e cervejas especiais, fotógrafo amador, viciado em natação, corrida e quadrinhos! Força na Luta! Sempre!

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