O outro lado do SeaWorld…

Recentemente, fomos convidados para o primeiro encontro do SeaWorld Parks & Entertainment, no Brasil, em Belo Horizonte (muito bacana, já que nossa cidade está quase sempre fora desta rota de eventos turísticos). Como já fomos tanto no SeaWorld quanto no Busch Gardens, fomos lá conferir o que eles tinham para nos contar e, então, repassar a vocês.

A cada dia, os ativistas lideram campanhas contra todos os parques e zoológicos que detém animais em cativeiros, inclusive, o “documentário” Blackfish acusa diretamente o parque americano de maus tratos, tortura e critica o fato das Orcas viveram em cativeiro, argumentando que sua expectativa de vida torna-se reduzida e que as mesmas se tornam violentas. Infelizmente, existem muitas “propagandas negativas”e muita gente que acaba boicotando os parques, por desconhecerem toda a história.

Somos totalmente contra maus tratos de animais! Mas aplaudimos qualquer trabalho de resgate, amparo e restabelecimento de animais à natureza. É fácil levantar a bandeira contra maus tratos, mas difícil mesmo é retirar animais atingidos por derramamento de óleo no oceano, abrigar, limpar, tratar e devolver à natureza. É fácil questionar sobre o teste de maquiagens em animais, mas será que todo mundo que reprova deixa realmente de usá-las? Então, deixemos nossa hipocrisia de lado!

SeaWorld x Black Fish

O SeaWorld, há mais de 50 anos, é um parque de entretenimento líder em fornecimento de experiências pessoais, educacionais e interativas, que proporciona ao visitante um contato mágico com o mundo animal. Encontra-se localizado nas cidades de Orlando, San Diego e Santo Antynio. E nós, do Blog Viagens e Vivências, visitamos dois dos parques do complexo, o SeaWorld Orlando e o Busch Gardens, em Tampa.

Passamos um dia inteiro em cada um dos parques, SeaWorld e Busch Gardens, em 2010 e 2012 respectivamente, e não observamos nenhum tipo de maus tratos ou agressões aos animais. Ao contrário! Claro que tem todo o “show” por trás de cada atração, onde você se apaixona pelos animais, treinadores e show! Mas o que realmente se percebe e não se pode negar é o amor incondicional dos empregados do parque com todos os animais e a preocupação com o bem estar e cuidado de todos eles.

Atualmente, mais de 89% dos animais dos parques SeaWorld e Busch Gardens foram reproduzidos em cativeiros. O Blackfish, que nada tem de documentário, faz uma propaganda negativa que a maioria acredita que o Seaworld continua retirando animais da natureza. Ocorre que as Orcas foram capturadas há 40 anos do Estado de Washington, nos Estados Unidos, em uma época que as leis ambientais não eram tão rígidas como são hoje (lembrando que o SeaWorld obedece uma rígida política de enquadramento em diversas leis estaduais e federais, para proteção, bem-estar dos animais e outras regulamentações). Por outro lado, a sequência que se faz das filmagens, no Blackfish, faz o telespectador acreditar, também, que as orcas mães eram separadas dos filhotes, e que o SeaWorld continua retirando as baleias da natureza. Tudo passado de uma maneira inverídica, manipuladora e irreal.

O que as pessoas não sabem, de fato, é que as últimas orcas retiradas da natureza se deu há 35 anos, e hoje, nenhuma é retirada. O Parque investe na reprodução em cativeiro, através de especialistas extremamente capacitados e experientes com as Orcas. Ainda, sobre a questão da separação de filhotes da mãe, o SeaWorld somente realiza a separação quando há uma necessidade de manutenção da estrutura saudável da Orcas. Os dois filhotes que são mostrados no filme, que foram retirados das baleias Takara e Kalina possuíam 12 e 4 anos respectivamente. E o segundo, de 4 anos, somente foi separado para resguardar a saúde da mãe, uma vez que o filhote era extremamente agressivo com a mesma.

Os ex-funcionários que apresentaram declarações durante o Blackfish eram empregados que tiveram pouco acesso e experiências com as baleias, não possuindo, portando, nenhuma condição de participar de um suposto documentário. E ainda, alguns deles relataram depois do lançamento do filme que suas falas e informações fornecidas ao Blackfish foram colocadas fora do contexto. Portanto, o Blackfish transmitiu ideias falsas e enganosas aos que assistiram ao filme.

O Filme foca bastante, também, na questão da treinadora Dawn Brancheau, de experiência inigualável com as Orcas, que acabou falecendo em decorrência de um acidente, para transmitir a ideia de que Tilikum é uma baleia orca agressiva e psicótica por viver em cativeiro. Para quem não assistiu ao filme (nós assistimos!), ele começa com cena de uma treinadora nadando com uma Orca na piscina, em conjunto com o áudio da ligação de emergência no dia do acidente. Realmente, dá para acreditar que a cena foi gravada no dia e momento do acidente. Ocorre que desde que Tilikum chegou ao parque, nenhum treinador (nem Dawn Brancheau) tinha permissão para entrar na piscina em que ela estivesse. Então, a treinadora morta não estava nadando na piscina com Tilikum para executar algum show. Os treinadores que falaram do triste episódio da morte de Dawn, não estavam presentes durante o ocorrido. Logo, não tinham condições de relatar o fato, muito menos condições técnicas para qualquer suposição, por serem treinadores de pouca experiência.

Um detalhe que observamos durante o filme, foi o relato de duas amigas que alegam ter presenciado a morte de Keltie Byrne, em um parque que não tem nada a ver com o SeaWorld. A mulher que forneceu a maioria das informações, relata o ocorrido de uma maneira bem debochada, e está quase sempre sorrindo. Como acreditar em alguém que ri e debocha da morte de uma pessoa?

Sobre a questão das alegações e justificativas do SeaWorld sobre o Black Fish, acesse este link.

Leia mais sobre a polêmica do Black Fisch aqui, e para ler diversos questionamentos e respostas do Seaworld, veja neste link.

A Baleia Orca Granny (vovó)

Recentemente, uma notícia circulou na mídia sobre a Baleia Orca mais velha do mundo que foi vista nadando na Costa do Canadá. E assim, várias discussões surgiram sobre a expectativa de vida das Orcas que vivem na natureza, e as que vivem em cativeiro, especialmente no SeaWorld.

Estudos independentes informaram que as Baleias Orcas que vivem na natureza e as que vivem em cativeiro possuem a mesma expectativa de vida, ou seja, em torno de 50 anos. A Baleia Granny, que supostamente possui 102 anos, não tem qualquer estudo comprovado de que a mesma possui esta idade. Por outro lado, a Baleia Orky, do parque Seaworld, possui quase 50 anos, ou seja, está quase atingindo a idade da expectativa de vida das Orcas.

Leia este artigo e este.

SeaWorld Cares

A Companhia SeaWorld Cares realiza trabalhos de resgate, cuidado, conservação, pesquisa, educação e abrigo de animais órfãos e doentes. E ao longo de anos, já resgatou em torno de 26.000 animais em risco, devolvendo todos os que possuíam condições de viver na natureza e mantendo sobre seus cuidados apenas os que não tinham/tem condições de sobreviverem em liberdade.

Recentemente, em um vasto derramamento de óleo na Costa da California, o SeaWorld desenvolveu um trabalho maravilhoso de resgate dos animais prejudicados no acidente ambiental. Vejam o vídeo sobre o resgate que durou algumas horas para retirar o óleo de um leão marinho.

No Brasil, o SeaWorld já encaminhou por três vezes recursos para o projeto do Tatu Canastra, localizado no Pantanal.

Blue World Project

O SeaWorld projetou o Blue World que promete melhorar os novos habitats das Orcas, em um espaço com quase o dobro do tamanho atual, com cerca de 15 metros de altura. O projeto inicial será em San Diego, depois em Orlando, e por fim, em Santo Antônio, com previsão de dois anos para execução de cada projeto, iniciando o primeiro em 2018. Para ler mais sobre o projeto, acesse aqui.

E para finalizar este tema tão polêmico, a AZA, Association of Zoos and Aquariums informa que o SeaWorld “atende e supera os mais altos padrões de cuidados animais e bem estar em organizações de zoológico.”

O Dia “Thanksgiving” e as dicas essenciais para sobreviver à Black Friday

Como comentei anteriormente, em novembro de 2012, tivemos a experiência de passar pelo feriado Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), em Atlanta/GA e pela Black Friday, o dia em que as maiores lojas dos Estados Unidos promovem um mega saldão coletivo, com descontos de 50% ou mais em seus produtos. É uma verdadeira loucura!!!!!!!

Logo que acordamos, já adquirimos o Jornal do dia, imprescindível para quem deseja realizar compras na Black Friday. Ele vem com um encarte de centenas de promoções das grandes lojas, e mais parece um pacote de 500 folhas! Sem exageros!!!! Abaixo, alguns deles, porque todos nem cabiam na mesa.

O dia Thanksgiving para nós, turistas, é meio morto, e como a maioria das lojas abre às 22h, tentamos passar o dia bem ligth, dormir a tarde e descansar bastante para literalmente ficar toda a madrugada fazendo compras!

Pela manhã, o Fábio participou da famosa corrida do dia de Ação de Graças:
Para o almoço, encontramos a Churrascaria Fire of Brazil, que abriu no dia do feriado e ofereceu almoço com direito a peru assado! Foi ótimo e super divertido! Pena que eu fiquei tão empolgada quando vi a cestinha de pães de queijo, que nem me lembrei de tirar fotos para vocês verem. Na verdade, não me lembrei de comer nem carne! Rsss…. #amo pão de queijo!!!!
Endereço: 218, Peachtree St NW (Peachtree & International), Atlanta, GA – 30303 – Phone: 404-525-5255.
Depois de um descanso no Hotel, nos reencontramos para a perdição!!

 

Fila da BrandsMart USA, antes do horario de abertura.

 

Bem, depois desta foto, ninguém mais viu máquina, ou lembrou de tirar qualquer foto. Então, vamos às dicas:
Faça uma lista sobre os produtos que pretendem comprar: a lista é essencial para não cair no pecado do impulso. Comprar nos Estados Unidos já é uma tentação, e na Black Friday fica ainda mais fácil estourar um limite de cartão de crédito, ou ter o seu bloqueado por exagerar nos gastos. Então, o consumo neste dia é muito bom, mas vamos lembrar da moderação!
Faça uma estimativa do que pretende gastar: mesmo sabendo das oportunidades de aquisição que encontrará por lá, é bom fazer um limite, ou estimativa do que pretende gastar. No aeroporto, vi uma Brasileira comentando que tinha estourado todos os cartões dela, e que nem sabia como pagaria. Bem, comprar é bom!!! Mas conseguir pagar é essencial.
Desbloqueie os cartões de crédito: imprescindível!!!!!! Ligue daqui mesmo, do Brasil, antes de embarcar e avise sobre as cidades que estará, bem como estimativas de valores que utilizará. Seria bem desagradável, e bem chato, ter que sair, no momento da compra, para realizar esse procedimento. E você nem terá tempo para isso!
Cheque os horários de abertura das lojas: no dia anterior, eles informam o horário de abertura das lojas, tanto em sites, quanto nas lojas, jornais, etc. Regra essencial para você chegar cedo e pegar as melhores ofertas. Além de que, em algumas lojas, eles entregam na fila alguns cupons de desconto.
Chegue com antecedência: optamos por chegar duas horas de antecedência, e a fila já estava bem extensa (fotos acima). Em algumas lojas, as filas são gigantescas, e é possível ver até mesmo barracas daqueles que dormiram na fila (acontecem em alguns pontos, nas lojas da Bestbuy).
Escolha as lojas que pretende visitar e estabeleça uma ordem: Isso acaba sendo bem pessoal. Escolhemos primeiramente a BrandsMart USA, uma loja enorme que tem em algumas cidades dos EUA, e depois, partimos para o North Georgia Premium Outlet, localizado a aproximadamente uma hora de Atlanta.  Escolhemos apenas dois locais de compra. Depois da BF, ainda encontramos descontos nas lojas da Bestbuy! Então, nada de desespero! Faça de acordo com seu limite.
Prepare-se anteriormente: descanse, faça um lanche anteriormente, e leve alguns lanches na bolsa (como barrinha de cereais, etc… que não pesem), e não se esqueça de agasalhar-se! A Black Friday ocorre na terceira sexta-feira do mês de novembro, momento em que, dependendo da cidade, já está bastante frio. Lembrando também que você provavelmente realizará compras durante a madrugada, quando as temperaturas estarão ainda menor! Quando fomos para o Outlet, já beirando as 02h am, o frio estava insuportável!!!!!!!!
Compare os preços no dia anterior: deste modo, constatamos que muitos dos preços anunciados na BlackFriday como mega promoção, tratava-se do mesmo preço do dia anterior. Não caia nesta pegadinha para esvaziar os estoques das lojas!
Opte por cidades não turísticas: se possível, escolha cidades pequenas, que não sejam Orlando, Miami, Las Vegas, NY… estas cidades ficam abarrotadas de brasileiros! Melhor disputar com os Americanos, que os Brasileiros desesperados por descontos!
Se for possível, utilize a internet móvel a seu favor: como encontramos com meu primo que mora há 6 anos por lá, ele sempre consultava os preços com as outras lojas, e assim, tivemos a certeza de que estávamos adquirindo algo por um preço realmente bom!
Cadastre nos sites bfads.net/, blackfriday.com/ e tgiblackfriday.com/. Estes sites lançam as prévias das promoções.
– Lembre-se das taxas de impostos que incidem sobre as compras. Alguns dos principais são: Boston 6,2%, Orlando 6,5%, Miami 7%, Las Vegas 8,1%, Nova York 8,9%, Nova Orleans 9%, Chicago 9,5%.
– E última regra, compre com segurança e respeito ao próximo! Infelizmente ocorrem alguns acidentes, ou alguns espertinhos tentando furar as filas.
Espero que este manual seja útil para você que pretende conhecer a famosa BlackFriday! Fomos na de 2012, e pretendemos voltar novamente…

Salem, a cidade das Bruxas!

Na segunda quinzena de dezembro de 2014, fizemos uma Road Trip pelos Estados Unidos, onde passamos por Atlantic City, Washington DC, Philadelphia, Worcester, Boston, Salem, Providence e finalizamos em Nova York. Foi uma viagem maravilhosa, e já temos muitos relatos postados aqui no Blog.

E uma das cidades escolhidas foi Salem, em Massachusets, que ficou conhecida mundialmente por um grande erro da intolerância religiosa, em que parece os Estados Unidos terem vergonha do acontecido. Inclusive, já vou dizer que é um post extenso! Mas não tinha como não me empolgar com o assunto ao escrevê-lo!

Vale a pena um day trip (bate-volta) ou pernoitar na cidade? 

Nós preferimos pernoitar na cidade, já que estávamos com bastante tempo, e porque no outro dia conheceríamos o vilarejo ao lado, onde realmente foi o palco dos julgamentos das Bruxas (Danvers). Mas se você estiver com pouco tempo, é possível que você vá e volte no mesmo dia.

Como chegar?

Salem está localizada a apenas 17 milhas, em torno de 27.5 km de Boston. Nós fomos de carro, e fizemos o percurso em torno de 30 a 40 minutos. Talvez seja melhor ir de carro, apenas se você for em uma época fora da alta temporada, para ficar mais fácil de você ir a Danvers. Nós não tivemos nenhum inconveniente porque fomos no final de dezembro, a cidade estava bem vazia. Mas durante o Halloween fica praticamente impossível circular de carro pela cidade.

Veja nosso trajeto de carro neste link.

Então, para quem tiver interesse de ir de transporte público:

De trem, vá até a North Station, pegue o trem Newburyport / Rockport (em torno de 7 dólares o bilhete para adulto), que sai de 20 em 20 minutos para a cidade, em horários de “pico”, de 30 em 30 minutos para demais horários do dia, à noite e aos finais de semana, é de hora em hora.

De Ferry Boat, ou Salem Ferry (barco), somente é possível do final de maio ao final de outubro, e em torno de 5 vezes ao dia. Veja neste site maiores detalhes.

De ônibus, pelas linhas 450 e 459.

Gostaria de agradecer a nossa amiga, Dani Afonso, que mora em Boston, por nos confirmar estas informações. 😉

Onde se hospedar?

Adoramos nossa hospedagem, apesar de termos ficado em um quarto muito pequeno do Hotel! Mas o bacana é que ele faz parte do Historic Hotels of America, cheio de histórias. Desde 1925, o Hawthorne Hotel vem recebendo diversos viajantes, como algumas celebridades, além de ter algumas cenas de filmes gravadas em suas dependências, como do Ghost Hunters.

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O hotel possui uma decoração bem tradicional, além de um bar, restaurante, estacionamento e WiFi gratuitos para hóspedes, e está a alguns minutos de caminhada do Salem Witch Museum, ou da rua principal da cidade, onde ficam várias lojas, restaurantes, etc. Deixamos o carro no hotel, e fizemos tudo a pé, com exceção da nossa ida a Danvers.

Endereço: 18 Washington Square W, Salem, MA.

Nosso Quarto no Hotel

Um pouco da História da cidade e do Julgamento das Bruxas de Salem

Em fevereiro de 1692, em um pequeno lugar chamado Vila de Salem (Salem Village), no Estado de Massachusetts, ocorreu um dos maiores erros da intolerância religiosa. Tudo começou com os casos e histórias de bruxarias contadas por uma escrava, de nome Tituba, a algumas amigas que ficaram muito impressionadas e, consequentemente, tiveram muitos pesadelos à noite. Relatam também sobre um suposto fungo em alguns alimentos ingeridos que causaram alucinações nas crianças que apontavam os bruxos. E então, uma onda de indicações de bruxarias começaram a aparecer, todo mundo duvidava de todo mundo, e todo mundo era suspeito de ser um (a) bruxo (a).

A partir daí, como a prática de bruxaria era considerado um crime, o Julgamento das Bruxas de Salem iniciou-se com uma lista de inúmeros suspeitos (o número de pessoas varia bastante, mas o que parece mais correto é em trono de 150/160 pessoas! Quase a cidade inteira!). E a questão foi tão injusta que as pessoas eram simplesmente apontadas sem qualquer razão ou justificativa, e sem qualquer possibilidade de defesa. Elas poderiam, ou confessar a prática de bruxaria, ou negarem, quando seriam condenadas à morte. Mas como assim confessar a prática de bruxaria se você não era um bruxo?

O resultado desta intolerância e injustiça foi a execução de 20 pessoas, sendo 19 enforcadas e 1 tortura até a morte (esmagadura por pedras), e outras cinco morreram na prisão por condições adversas, Os acusados eram de todas as idades, e a maioria era mulher.

De tudo o que lemos e pesquisamos, a história mais completa e mais próxima dos relatos que ouvimos na cidade está neste link. Para ver a lista dos julgados e condenados à morte, acesse este link. É interessante assistir ao filme As Bruxas de Salem, antes de visitar a cidade. Acredite! A história é muito intrigante e você vai querer ler e saber de tudo!

O que fazer em Salem?

Salem é uma cidade bem pequena e dá para conhecer tudo em um dia. Acabamos andando e passando por quase todos os pontos turísticos e visitados da cidade. Mas é bom que você fique esperto, porque como a cidade tem a fama de ser a Cidade das Bruxas, existem muitos passeios “pega turistas”, que realmente não valem a pena!

– Comece passando no Salem Vistor Center, que disponibiliza mapas para os turistas, além de várias informações sobre a cidade e das atrações disponíveis. Só esta caminhada você já passa por alguns pontos interessantes, onde se veem enfeites exotéricos e místicos nas árvores, casas com um ar sombrio como se fossem de bruxas, e como fomos no inverno (com noites de temperaturas negativas), estava tudo muito vazio. Mas dependendo da época que você vá, pode encontrar teatros pelas ruas, pessoas vestidas de bruxas… no Halloween, a cidade deve ser incrível!

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Um dos mapas que eles fornecem tem uma linha parecida com a Freedom Trail em Boston, na cor vermelha, onde passa pelos principais pontos turísticos da cidade (veja no canto direito da segunda foto abaixo). Acompanhe com o mapa na mão.IMG_6229

– Na Essex St., você encontrará diversas lojas, alguns restaurantes, o Peabody Essex Museum, é bom caminhar por ela para ver e conhecer um pouco dos detalhes da cidade.

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Peabody Essex Museum: museu de fácil acesso na cidade, localizado na própria Essex St., com um acervo de obras de arte bastante interessante e criativo! São desenhos, pinturas, pendentes, fotografias, esculturas… O objetivo do Museu é te fazer explorar a arte de vários pontos do mundo. A arte chinesa é uma das mais elogiadas!

Endereço: 161, Essex St., Salem – valor da entrada: 18 dólares para adultos. Mais informações acesse aqui.

Old Burying Point Cemetery: como todo cemitério nos Estados Unidos é quase sempre visitado, o de Salem é mais um que você poderá visitar. Ele faz parte da história da cidade, que, além de ser o mais antigo, é o local onde está enterrada a maioria dos executados no julgamento das bruxas. Logo na entrada, você verá uma placa indicativa dos enterrados, e caso queira visitar alguns dos túmulos, estes são os nomes:

Bridget Bishop (executada em 10/06/1692), Sarah Good, Rebecca Nurse, Susannah Martin, Elizabeth Howe, Sarah Wildes (executados em 19/07/1692), George Burroughs, John Proctor, John Willard, George Jacobs, Martha Carrier (executados em 19/08/1692), Giles Corey (executado em 19/09/1692), e os últimos Martha Corey, Mary Easty, Alice Parker, Ann Pudeator, Margaret Scott, Wilmot Redd, Samuel Wardwell e Mary Parker (executador em 22/09/1692).

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– Ao lado do cemitério, você encontrará o Salem Witch Trail Memorial que foi construído em homenagem aos executados. É um memorial bem simples (e sombrio), mas tudo tem um simbolismo. Em uma pequena área ficam pedras gravadas com os nomes de todas as vítimas, distribuídas em dois lados. Ao fundo se vê o cemitério.

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Como todo Memorial, trata-se de um lugar de respeito, onde é recomendado que os visitantes permanecem em silêncio, não suba nas pedras, não arranque nada do lugar, como flores, nem realize nenhuma atitude de deboche e desdém. Lembrem-se, é uma homenagem aos que injustamente foram mortos no ano de 1692, em um dos maiores erros da intolerância religiosa.

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O mapa abaixo dá para ver a localização do memorial ou veja o folheto sobre o local aqui.

Endereço: Liberty St, Salem (esquina com Charter St. e na rua atrás do Peabody Essex Museum).

The Witch House (Corwin House): apesar de falarem que é uma Casa de Bruxa, trata-se de uma casa do século XVII (1642), de propriedade de uma das pessoas envolvidos no julgamento das bruxas de Salem. Do lado de fora, realmente parece ser de uma bruxa (apesar de nunca termos visto uma!). Mas possui aquele ar sombrio, meio de suspense! A casa mantém mobiliários, roupas e alguns pertences que remetem à época.

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Muita gente reclama do valor pago na atração e que não deveria ser pago! Mas o valor cobrado para a entrada é para manutenção e pagamento dos empregados que ficam no local. Mas vale a pena entrar na casa? Não!

Endereço: 310 1/2 Essex Street, Salem.

Valor: tour guiado: 8,25 dólares por adulto. Tour autoguiado: 6,25 dólares.

The Salem Museum: o Museu, que a antiga Câmara Municipal, contém um acervo histórico sobre a cidade e pessoas importantes que viveram nela, bastante interessante! Vale a pena a visita para quem tiver interesse de saber mais afundo sobre o assunto. Este museu não tem nada a ver com o museu das bruxas.

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Endereço: 32 Derby Square (fica em uma rua perpendicular a Essex St.)

Valor do ticket: 3 dólares para adultos.

The Witch Museum: é um museu que possui um pequena amostra de objetos e fotos antigas, e conta a história das bruxas de Salem através de alguns bonecos. O horário do museu é bastante diferente, funcionando apenas 5 horas por dia (vale a pena conferir o horário antes de ir!). Vale a pena? Não muito…

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Endereço: 19 1/2 Washington Square, Salem.

Valor: 10 dólares para adultos.

Salem Commons: um parque super agradável em Salem, possui um Coreto, e na época do verão, é super agradável para um picnic, uma caminhada, uma corrida, ou apenas para ver o tempo passar.

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Friendship Salem: você pode dirigir-se para o porto de Salem, onde partem e chegam os parques de Boston, e onde está localizado a réplica de um navio de 1797. A área do Salem Maritme faz parte dos Parques Nacionais Americanos, e é possível fazer uma visita. Mais detalhes sobre a visita que é gratuita e deve ser previamente agendada, acesse este link.

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Tour Hocus Pocus: realizamos um tour noturno por Salem, com o pessoal da Hocus Pocus. Quem nos conduziu foi a Susan, que divertidamente e de maneira bem profissional, nos mostrou alguns lugares de Salem, curiosidades, e alguns locais que foram utilizados em algumas cenas do filme Hocus Pocus (traduzido para Abracadabra). Para você entender melhor o tour, recomenda-se que você entenda bastante o idioma inglês, já que Susan relata muitos fatos, e conversa conosco durante todo o tempo do tour, que dura aproximadamente 90 minutos.

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O tour inicia-se ao lado do Visitor Center, e custa 16 dólares por pessoa. Você pode reservar com antecedência pelo site.

– Nota: em Salem foram gravados alguns filmes como o Abracadabra, e um seriado conhecido na década de 60/70, A Feiticeira (Bewitched). Então, quando você estiver andando em Salem é provável que você encontre, sem maior esforço, uma estátua em homenagem a atriz, Elizabeth Montgomery.

Danvers (Salem Village):

Mas… Salem ganhou somente a fama da cidade das Bruxas. Na verdade, toda a história se passou em um lugarejo chamado Salem Village, que hoje é chamado de Danvers. Vocês vão ver que, em Salem, eles não falam praticamente nada de Danvers (só no Witch Museum que vimos algumas informações, mas quando perguntamos, eles não deram corda). Falam somente que não há local exato onde tudo aconteceu. E por mais que você veja casas, ouça histórias, tem uma pitada de fantasia em tudo. A cidade parece ter aproveitado da situação para crescer turisticamente.

Danvers está localizada a apenas 15 minutos de Salem. E lá, sim, dá para sentir um certo medo.

A cidade de Danvers ainda possui as casas onde as pessoas executadas no julgamento das Bruxas de Salem residiam naquela época. Dá para visitar além do local onde tudo começou, o suposto local das execuções (Gallows Hill), e a casa de Rebecca Nurse (a mais velha dos executados).

As ruínas da antiga casa do Reverendo Samuel Parris, quando, em 1692, Betty Parris e Abigail Williams fizeram as acusações que desencadearam na caça as bruxas, são abertas ao público. É somente uma pequena área, no terreno aos fundos de algumas casas. Você verá um pequeno caminho onde é permitido passar para ver o local (cuidado para não empolgar e invadir propriedade alheia, o local é bem demarcado, e facilmente você percebe o que não faz parte do local histórico).

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Existem algumas indicações de onde possa ter realmente acontecido o julgamento/enforcamento, mas são apenas suposições. Com base em documentos que alegavam que “levaram para Gallows Hill“, passaram a acreditar que este seria um possível lugar. Entretanto, trata-se de uma colina, e nada foi confirmado.

Atualização: em 2016, foi publicado que Proctor’s Ledge é o local dos enforcamentos de Salem Witch Trials. Trata-se de uma pequena colina realizada entre a Proctor Street e Pope Street em Salem, Massachusetts. Quando fomos em 2014, não conseguimos encontrar a localização de Gallows Hill. Só depois descobrimos que Gallows Hill, no cruzamento da Manswell Parkway com a Witch Hill Road, era o local das execuções de 1692.

Mas outro lugar que vale a pena visitar é na Rebecca Nurse Homestade, o local onde viveu Rebecca Nurse, que foi executada em 19 de julho de 1692, pela suposta prática de bruxaria. Era uma senhora idosa, com mais de 70 anos, e muito respeitada na região.

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A casa data aproximadamente 1678, quando a família de Rebbeca mudou para a propriedade. Atualmente, a propriedade está sob os cuidados do Governo de Massachusetts, que realiza visitas guiadas e autoguiadas. Quem tiver oportunidade, vale a pena visitar o local.

Endereço: 147, Pine St., Danvers/MA

Valor da Entrada: 7 dólares para adultos. Para ver maiores informações, acesse aqui.

Bem, é isso que temos para relatar sobre nossa experiência na cidade das Bruxas! Se alguém tiver alguma informação extra, compartilhe conosco nos comentários abaixo.

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