Neste post terei o prazer de compartilhar a realização de um dos nossos mais antigos sonhos: conhecer de perto, apreciar o repertório de músicas, vivenciar a atmosfera local e até degustar uma breja onde tudo começou para a maior banda de todos os tempos: THE CAVERN CLUB!!
Durante nossa passagem por Liverpool (veja a matéria do nosso roteiro AQUI), resolvemos separar uma noite exclusiva para o “Cavern Pub”, após um dia de intensas e prazerosas atividades pelo “Magical Mystery Tour“, afinal de contas, Liverpool respira THE BEATLES 24 horas por dia.
Só para relembrar: o “Cavern Club” foi inaugurado exatamente no dia 16 de janeiro de 1957, e a proposta inicial era a criação de um clube de jazz. Com o tempo, o local foi mudando seu estilo, com apresentações de bandas de “Blues”, “Beat Music”, dentre outros estilos, dentre eles as bandas “The Quarrymen”, liderada por John Lennon e “Rory Storm and The Hurricanes”, onde tocava Ringo Starr.
Mas a verdadeira grande revolução ainda estaria por vir: no dia 9 de fevereiro de 1961, uma quinta-feira, um quarteto que mudaria a história do mundo se apresentava pela primeira vez, com a seguinte formação: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Stuart Sutcliffe e Pete Best na bateria. A partir dali, o “Cavern Club” assume definitivamente seu lado “Rock and Roll”.
Os Beatles se apresentaram com shows regulares até 1963, somando um total de 292 apresentações.
Separe pelo menos uma hora do seu tempo e se delicie com detalhes interessantes da história do “Cavern Club” clicando AQUI.
Localização:
Chegar no “The Cavern Club” é muito fácil: está localizado bem no centro da cidade, na 10 Mathew St., Liverpool L2 6RE:
Curiosidades:
É bom ficar atento a alguns detalhes que fazem do Caverno Club um local diferente da maioria dos Pubs do mundo:
Acredite, a música começa a rolar solta a partir das 12hs, TODOS OS DIAS. Para saber informações atualizadas sobre e o calendário completo das apresentações, clique AQUI.
Outra dúvida frequente: a entrada na grande maioria dos dias é simplesmente GRATUITA, excluídas as noites de quinta e sexta e finais de semana, e mesmo assim, os preços para entrada são muitos acessíveis, variando de 2,5 a 5 libras. Para o “Cavern Live Lounge”, o camarote deles, os preços também são diferenciados, e aqueles que adquirirem ingressos para o “Magical Mystery Tour” recebem uma cortesia para o “Cavern Club”. Resumindo: não será por falta de grana que você deixará de visitar o lugar!! Para mais detalhes sobre preços, clique AQUI.
Dicas importantes: veja com antecedência o calendário de shows, e se for o caso, faça uma reserva de “tickets”. O Cavern Club não oferece reservas de mesas, e infelizmente não possui acesso específico para pessoas com necessidades especiais, sendo necessária a utilização de um elevador privativo. O estabelecimento não oferece “descontos” para estudantes, idosos e afins, não existe “lista” de convidados, muito comum no Brasil e tampouco você conseguirá “furar” fila caso seu amigo, amiga, namorado ou namorada esteja no interior do Club e você do lado de fora. Estamos falando do Reino Unido, amigo!!
Dentro da política do local, há a sugestão para os frequentadores utilizarem roupas mais formais, evitando-se camisas de clubes de futebol (imagina um cidadão com a camisa do Manchester United!!), menores de 18 anos são permitidos até as 20hs e existe um estacionamento conveniado localizado a cerca de 5 minutos do local.
Antes da nossa viagem, li em alguma revista que agora não me recordo que o Cavern Club de hoje não seria o mesmo dos idos dos anos 50 e 60. LENDA URBANA!! Descobrimos que trata-se do MESMO lugar de 1957, e que devido a uma decisão do município, a estrutura do Pub fora derrubada nos anos 70 e construída novamente nos anos 80, tudo com o mesmo design e a maioria dos tijolos originais.
Como visitar o Cavern Club:
É muito fácil visitar o The Cavern Club. Você pode ir sozinho, sem guia e comprar o bilhete na portaria (ou com antecedência pelo site), ou fazer gratuitamente depois do Magical Mistery Tour, que inclusive é gratuito. Apesar de termos feito o tour, optamos por voltar mais tarde, no mesmo dia, para visitar o The Cavern Club. Geralmente, as pessoas que fazem o tour, conhecem o Pub depois do término do tour, que geralmente é mais cedo.
Pois bem, e como foi a nossa FANTÁSTICA experiência? Logo na entrada, o manto canarinho da seleção brasileira de futebol, ainda da época do tetra, assinadas pelos craques Pelé e Zico.
The Cavern Club, The Beatles e… Brasil!!
Nossas primeiras impressões: além da emoção pelo fato de estar no local, é fácil constatar que trata-se de local bem amplo, com dois palcos e que estão muito bem adaptados para receber turistas. Fotos e ítens da maior banda de todos os tempos estão espalhados por toda parte e é possível adquirir diversos ítens expostos nas paredes, como magnéticos, copos e camisas. É o capitalismo na sua versão rock n’roll!!
Meus amigos, só estando no lugar para realmente sentir o seu astral. Quando uma “banda cover”, dentre as várias que assistimos, subia no palco e tocava Beatles, a impressão era que os “The Fab Four” estavam de volta. Que energia! Que lugar magnífico!
Confesso: Foi uma noite inesquecível, regada a muita música, brejas britânicas, alto astral, muita animação e que ficará na memória para sempre!!
The Cavern Club, LiverpoolThe Cavern Club, Liverpool
De segunda-feira a quarta-feira, o Cavern Club abre a partir das 10h da manhã, e é gratuitamente. Da quinta-feira em diante, os horários de abertura e valores são diferentes, veja AQUI.
Para fechar este post com chave de ouro, veja o vídeo com uma “palhinha” da atmosfera fantástica do lugar!!
Hoje. vamos compartilhar uma das atividades que mais gostamos de praticar: Hiking, mais especificamente no Parque Nacional Serra do Cipó, na minha opinião, a melhor maneira de mantermos contato com a natureza, seja através de uma caminhada por trilhas naturais, parques, reservas ou bosques, além, é claro, dos benefícios da prática de atividade física e da “fuga” do stress do dia-a-dia.
O programa do dia era ao mesmo tempo excitante e desafiador: caminhada de 24 km (12 km ida e 12 km volta), pelo Parque Nacional da Serra do Cipó, com destino à famosa Cachoeira Braúnas, considerada uma das mais belas de Minas Gerais e também pelo longo e difícil acesso.
Hiking para a Cachoeira Braúnas, Parque Nacional Serra do Cipó, em Minas Gerais
Decidimos fazer o passeio pela empresa EcoPix – Trekking & Hiking, de Belo Horizonte, muito organizada, sob o comando de Roger Pixixo, muito experiente e profissional, que promove roteiros muito bem planejados e claro, com garantia de segurança.
As atividades tiveram início logo cedo num belíssimo sábado: 4 horas da manhã de pé, às 5 horas no Complexo Turístico JK, localizado no centro da cidade de Belo Horizonte, e “pé na estrada” rumo ao distrito de Altamira, pertencente à cidade de Nova União, localizado a cerca de 84 Km de Bh, numa rápida parada técnica para o café e organização dos últimos detalhes.
Localização:
Uma hora e quinze minutos depois, chegamos ao ponto de início do Hiking na Serra do Cipó, praticamente na entrada do Parque Nacional da Serra do Cipó, onde o nosso amigo-guia “Pix” nos repassou todas informações sobre a aventura que teria início.
Sempre é importante relembrar alguns cuidados a serem tomados pelos praticantes de Trekking, aos quais seguimos à risca:
Para Caminhar:
Usar sempre camiseta de secagem rápida tipo Dry-Fit, imprescindível principalmente para dias muito quentes;
Usar calça de poliamida, tactel ou semelhante, que são transpiráveis, também imprescindível (de preferência em cores mais escuras, por que suja bastante nos Trekking e Hiking);
Roupa de banho, afinal de contas, o prêmio após 12 km de caminhada seria uma belíssima cachoeira;
Tênis ou Bota amaciada, principalmente se a atividade for realizada em terremos acidentados;
Óculos escuros;
Chapéu ou Boné;
Mochila;
Apesar de ser sugerido um par de bastões de caminhada para garantir equilíbrio e estabilidade, reduzindo inclusive o impacto nas articulações e o sobrepeso dos membros inferiores, sentimos mais segurança e conforto com apenas um bastão;
Protetor solar, repelente e protetor labial.
Para alimentação e hidratação, é de extrema importância os itens abaixo, afinal de contas, seriam 24 km ou 8 horas de caminhada:
Água: recipientes suficientes para pelo menos 1 litro de água (neste hiking na Serra do Cipó, existem dois pontos de água potável. Entretanto, essencial o uso de Clorin na água, já que existe gados e outros animais na região, que podem contaminar a água com protozoários);
Sanduíches, bolos ou pães;
Frutas;
Castanhas e frutas desidratadas;
Biscoitos;
Barra de Cereal/Proteína;
Isotônico ou carboidrato em gel.
Parque Nacional Serra do Cipó
Outros itens indispensáveis para a caminhada:
Máquina fotográfica, claro!!
Lanterna e capa de chuva;
Kit pessoal primeiros socorros;
Material de higiene pessoal;
Sacolinhas plásticas para trazer o lixo produzido.
Prontos para o início do hiking na Serra do Cipó
A caminhada teve início às 9:00hs em ponto, com a previsão de chegada na Cachoeira Braúnas por volta das 13:00hs.
Para os marinheiros de primeira viagem, os primeiros 40 minutos são o primeiro desafio, pois trata-se de uma subida razoavelmente íngreme, mas com paisagens incríveis, lembrando que o nível de dificuldade é sempre muito subjetivo, pois depende do preparo físico e experiência de cada participante. Mas mesmo assim é importante dizer que esta trilha é considerada uma das mais difíceis do Estado.
Uma palavra resume bem o Parque Nacional da Serra do Cipó: Diversidade. Através de uma rápida pesquisa, é impressionante constatar que sua história tem início a 1.700 milhões de anos, onde é possível visualizar uma variedade infindável de rochas-calcárias, quartzitos, granitos e variedades de solos.
O relevo acidentado em alguns pontos do hiking foi um fator dificultador.
Durante a trilha, é possível também constatar que o Parque Nacional Serra do Cipó possui uma das floras mais diversas do planeta, com mais de 1700 espécies já registradas, sendo que vimos muitas Sempre-Vivas, ao longo do caminho, além de outras plantas belíssimas e outras de uso medicinal.
Após os primeiros 40 minutos de caminhada forte, parada para recuperar o fôlego, admirar as paisagens e tirar muitas fotos.
Após a placa do governo federal, importante ponto de referência da trilha, tem início uma nova fase da caminhada, com o terreno já mais plano, onde é possível admirar no horizonte a belíssima Cordilheira (ou Serra?) do Espinhaço, e inclusive visualizar outras trilhas e caminhos, como o Vale das Bandeirinhas.
“A serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa localizada no planalto Atlântico, estendendo-se pelos estados de Minas Gerais e Bahia. Seus terrenos são do Proterozoico e contêm jazidas de ferro, manganês, bauxita e ouro. Foi ao longo da serra do Espinhaço que a mineração, no período colonial se deu, principalmente.” (Wikipedia)
Antes da primeira parada, cerca de 1 hora de caminhada, nosso primeiro ponto com água potável para encher os recipientes. Outra dica: não esqueça de levar o “clorin”, ótimo para purificar a água de corredeiras e riachos, pois mata todos os protozoários e torna a água ideal para consumo.
Para admirar e tirar muitas fotos!!
Muitas Sempre-vivas ao longo do hiking na Serra do Cipó
Mesmo morando em Belo Horizonte há 30 anos, tão perto de lugares fantásticos como este, apenas durante a caminhada que tomei conhecimento que a Serra do Espinhaço (ou Cordilheira?) tem origem devido a um alemão, o geólogo “Ludwig von Eschwege”, que batizou o lugar com este nome numa referência explícita a sua pequena variação longitudinal na forma de uma espinha, numa linha quase reta, apontando Norte-Sul, Minas-Bahia, Ouro Branco-Xique-xique, com seus mais de 1000 km de características semelhantes e ao mesmo tempo singulares.
E o mais incrível: A “Cordilheira” ou “Serra do Espinhaço” é conhecida por alguns de seus trechos popularmente conhecidos, como a Serra do Cipó, Chapada Diamantina, Serra dos Cristais, Serra de Ouro Branco, Serra Geral e tantos outros.
Uma verdadeira aula de história, belezas naturais, e, claro, Educação Física!!
Hiking Serra do Cipó até a Cachoeira de Braúnas
Uma hora e meia de caminhada depois, “pit stop” para hidratação, lanche e recarregar as energias, ao lado de uma das dezenas de belas corredeiras que nos fizeram companhia durante o trajeto. Dali é possível visualizar um pequeno riacho que abastece alguns pontos próximos da região.
Parada para o lanche durante o hiking na Serra do CipóPausa para descanso no hiking na Serra do Cipó
Cerca de 20 minutos de descanso depois, hora de voltar ao batente, para mais 1 hora e 30 minutos de caminhada até o paraíso. Abaixo alguns vídeos que resumem bem a nossa atividade:
Continuando o trekking na Serra do Cipó com destino à Cachoeiras Braúnas.
Tivemos sorte, pois o céu estava limpo, às vezes nublado, no entanto com temperatura agradável, não sendo um empecilho para o hiking. Na verdade, dias assim são excelentes para o hiking até a Cachoeira Braúnas, pois o caminho praticamente não existem árvores para refrescar do calor do sol.
Cerca de 3 horas e 40 minutos depois: a primeira vista do paraíso: Simplesmente sensacional!!
Os últimos 300 metros até a Cachoeira Braúnas são os mais difíceis! Pois trata-se de uma descida íngreme e recheada de cascalho, sendo necessário cuidado redobrado.
Enfim, chegamos!!
Abaixo um pequeno vídeo do paraíso, onde é possível apreciar sem moderação essa belíssima queda de cerca de 70 metros, refrescar com a água gelada e literalmente tomar banho de cachoeira.
Sobre a origem do nome “Cachoeira das Braúnas”, reza a lenda que havia um rapaz chamado Braúna, que morava no alto da serra, era tropeiro e gostava de tomar umas cachaças. Numa dessas, já bêbado, foi atravessar um rio cheio em companhia de sua mula. Primeiro ele mandou a mula, que com dificuldade conseguiu atravessar o rio. Vendo aquilo, achou que também era capaz e tentou atravessar, mas acabou sendo levado pela correnteza. A tropa que estava com ele passou a procurá-lo rio abaixo, mas não tiveram sucesso. No outro dia o encontraram não se sabe ao certo se morto ou vivo num poço, que então passou a ser chamado Poço do Braúna. Daí o nome desta bela e rara cachoeira”.
Permanecemos cerca de 40 minutos nesse belíssimo paraíso, onde apreciamos e desfrutamos de momentos inesquecíveis, tudo sem moderação.
Cachoeira das Braúnas, depois do hiking na Serra do Cipó
Infelizmente, hora de voltar, com mais 12 km pela mesma trilha, com a mesma beleza e com a certeza do dever cumprido, com direito a chuva rápida para refrescar, pois seriam mais 4 horas de caminhada. Nas próximas fotos, alguns momentos que registraram o nosso retorno.
Hora do Retorno!
Sempre-vivas no Parque Nacional Serra do CipóHiking na Serra do Cipó
Ao final de um dia inteiro de intensas atividades e com a certeza do dever cumprido, o grupo de “sobreviventes” aproveitou para uma resenha regada a caldos, angú a baiana, e claro, brejas geladas no restaurante “Amigão”, mesmo ponto de apoio do café da manhã. 84 Km depois, no terminal JK, hora de voltar para casa, aguardando ansiosamente pela próxima aventura!!
Para mais informações sobre o Parque Nacional Serra do Cipó, clique AQUI.
Dos passeios imperdíveis para quem está na Cidade do Cabo, um deles é fazer um bate-volta até a Boulders Beach e o Cabo da Boa Esperança, passando pela cênica Chapman’s Bay, uma estrada linda com vistas incríveis para a região. Então, se está com viagem marcada para a África do Sul, não deixe de reservar um dia para fazer este passeio.
Como ir?
Aluguel de carro: nós optamos por fazer o trajeto de carro, já que alugamos um veículo desde o momento em que chegamos no aeroporto. A estrada é excelente, mas apesar de ser bem identificada com placas, é necessário um GPS, ou pelo menos o aplicativo Waze.
Motorista: Para serviço de transfer/motorista/guia na Cidade do Cabo e regiões, indicamos o Adriano D’Arienzo: e-mail [email protected] e Whatsapp +27722585323.
City Sightseeing Cape Town: para quem não alugou carro nem contratou o serviço de um motorista/transfer, uma excelente opção é através do “red bus”. Ele sai aproximadamente das 9h de Cape Town (veja todos os horários dos pontos de embarque AQUI), e retorna no final do dia, por volta das 17:30h. A única diferença é que ele não passa pela Chapman’s Peak Drive, somente na Boulders Beach, no Cabo da Boa Esperança e no Cape Point. O valor do passe (atualizado em maio/17) é de 530Rands por pessoa, adulto, e 275Rands para criança. Para adquirir o passe com antecedência, veja AQUI.
Chapman’s Peak Drive (42 Rands de pedágio):
É um estrada de apenas 9 km, à beira mar, que garante aquelas vistas incríveis de cair o queixo. Passamos pela estrada durante a ida, e nosso objetivo era de passar pela mesma estrada na volta. Mas como acabamos ficando mais tempo em Simon’s Town, chegamos de noite próximo à Chapman’s Peak Drive, então decidimos ir direto e não passar por ela novamente. Mas se você voltar na parte tarde, especialmente próximo ao pôr-do-sol, vale muito a pena passar pela estrada novamente! Dizem que é o pôr-do-sol mais belo para assistir próximo a Cape Town.
Logo que você entrar na estrada, terá que pagar uma espécie de pedágio (42Rands), que vale somente para a ida.
Ao longo da estrada existem alguns mirantes que você pode estacionar o carro e admirar a vista. Um dos pontos que mais gostamos da estrada foi no mirante para admirar a Noordhoek Beach, uma praia linda que ficamos loucos para ter um tempinho extra para passar lá.
Vista para a Noordhoek Beach da Chapman’s Peak Drive, África do Sul
É um cenário belíssimo! Vale a pena incluir no roteiro! Então quando sair da Cidade do Cabo, você deve colocar no GPS ou Waze, por que a entrada para a estrada é diferente do caminho para o Cabo da Boa Esperança.
Boulders Beach (Ticket: 70 Rands para adulto, 35 Rands para criança):
A Boulders Beach foi algo que marcou muito a imagem que tínhamos da África do Sul, pois sempre víamos fotos de uma praia cheia de Pinguins, e que era localizada próximo à Cidade do Cabo. E a gente achava isso tão exótico! Como assim uma praia (presume-se calor!) cheia de pinguins que teoricamente são animais que gostam de frio??? Pois é… sabe aquele tipo de coisa que você só acredita vendo? Era sim com a Boulders Beach.
O pinguim-africano é uma espécie que infelizmente encontra-se ameaçada de extinção. São vários os fatores que contribuem para isso: pesca comercial predatória, que diminui a quantidade de peixes que os pinguins se alimentam, coleta ilegal de ovos, predadores naturais, e acidentes marítimos (derramamento de óleo no mar, etc). Neste contexto, estima-se que a população dos pinguins africanos diminuiu cerca de 98%.
Mas como estes pinguins chegaram até a costa da África do Sul? Em meados do ano 1983, chegou o primeiro casal de pinguins no local, depois mais um casal, sendo que pouco tempo depois tiveram filhotes, e assim foram chegando outros pinguins através de migração, até estabeleceram a colônia. Em dez anos, já tinham migrado cerca de 2.000 pinguins para o local, sendo que em 2011, contaram cerca de 2.300 pinguins.
O lugar é de fácil acesso para cadeirantes, como se vê das passarelas abaixo:
Passarelas de acesso a Boulders Beach, na África do Sul
Passarelas de acesso a Boulders Beach, na África do Sul
Chegando próximo à Boulders Beach, você pode deixar seu carro no estacionamento que é pago de maneira colaborativa (você paga o tanto que achar merecido). Com o senhor que tomava conta dos carros no dia era muito simpático, para terem ideia, deixamos 20 Rands (que é o dobro do valor dos estacionamentos próximo ao Waterfront, na Cidade do Cabo). De lá, você segue a pé até o ponto de acesso aos pinguins.
Existe uma primeira entrada à esquerda, logo depois da placa indicativa da praia, que possui uma passarela de madeira, chegando a um ponto cheio de pinguins! Nós passamos neste ponto no retorno, quando já tínhamos visitado o local específico para banho no mar. Mas é importante dizer que neste primeiro ponto de acesso, você só vê os pinguins de um deck, não pode chegar perto deles, e inclusive, eles pedem para não tirar selfie com estes animais fofos! 🙁 Claro, para evitar acidentes e não estressar os animais! Lembrem-se que eles estão em seu habitat, são animais não domesticados, e alguns deles até bicam se você chegar muito perto.
Vista para Boulders Beach, na África do Sul
Na Boulders Beach, onde você pode nadar na praia, ficam poucos pinguins. E é exatamente nesta parte que você chega mais próximo dos animais. Mas lá, não tem nenhuma estrutura. O ideal é levar algum lanche e suas bebidas (na África do Sul, não é permitido o consumo de álcool em lugares públicos, e em praias eles ficam ainda mais atentos! Encontramos a Lei de Proibição de álcool em lugares públicos na Cidade do Cabo, veja AQUI, no item 2.3.H, e veja mais AQUI. Mas não encontramos a Lei de Proibição no País). Próximo a esta parte da Boulders Beach tem o Boulders Beach Lodge and Restaurant, veja o menuAQUI. Nós não almoçamos lá, então não temos como avaliar se é bom ou não. Mas caso a fome aperte, saiba que existe este restaurante lá perto.
Pinguim da Boulders Beach
Ah! Um detalhe: a água das praias na África do Sul é gelada! E em Boulders Beach, a praia dos pinguins, não poderia ser diferente: gelada! Só conseguimos molhar os nossos pés! 🙂
Depois que curtimos um pouco esta praia, voltamos pelo mesmo caminho, mostramos nosso bilhete adquirido no ponto anterior, e entramos novamente no local dos pinguins. Neste ponto, existem muitos pinguins, mas você fica em um deck de onde é possível admirá-los:
Boulders Beach, África do Sul
Na saída da Boulders Beach, tem uma feirinha com produtos artesanais. No dia, não vimos alguma barraca que aceitava cartão de crédito, ou seja, o pagamento é feito em dinheiro. Mas tem muita coisa fofa, e percebi que eles gostam de negociar! Eles dão um preço para o produto, mas se você fala que não vai ficar, eles perguntam quanto você pode dar $.
Cabo da Boa Esperança e Cape Point (Ticket: 135 Rands para adulto, 70 Rands para criança)
Depois que saímos da Boulders Beach seguimos para o Cabo da Boa Esperança. E obrigatoriamente, passamos pela cidade de Simon’s Town, que acabamos parando na volta. Quem tiver mais tempo, vale a pena conhecer a cidade que é muito bonita, tem vários restaurantes, cafés e uma vista muito bonita do Pier, próximo da Marina.
O Cabo da Boa Esperança foi muito importante durante o processo de expansão marítima dos europeus, já que os Portugueses começaram a buscar novas rotas para comercializar produtos, e sua intenção era a de contornar todo o litoral africano. Entretanto, eles descobriram que o continente africano era muito maior do que se imaginava, aumentando assim o desejo por, quem sabe, contorná-lo e descobrir o que tinha ao que parecia o fim de uma rota.
Por volta do século XV, sem nenhuma tecnologia marítima, imaginem como era difícil entender e saber o que tinha do outro lado daquele ponta da África? Naquela época, mais precisamente até o ano 1519, acreditava-se que a terra era quadrada. Chegar lá e contornar aquele ponto, era uma navegação extremamente perigosa, quase um suicídio! E foi em 1488, que o português Bartolomeu Dias chegou na região com sua tripulação enfrentando inúmeras e sérias tempestades. E foi por este motivo, que o lugar foi batizado naquele momento por “Cabo das Tormentas”. E apesar das dificuldades, foi o primeiro navegador a dobrar aquele Ponto.
Mas quando Bartolomeu voltou a Portugal e contou de sua descoberta ao Rei, ele não aceitou o nome “Cabo das Tormentas”, e sim “Cabo da Boa Esperança” pelo fato de que era a tão esperada rota de caminho às Índias.
E diferente do que ficou conhecido, o Cabo da Boa Esperança não é o ponto mais extremo do continente Africano, nem tampouco o encontro dos oceanos Atlântico e Índico, e sim o Cabo das Agulhas, que infelizmente não conseguimos conhecer nesta viagem.
A entrada no Cabo da Boa Esperança e Cape Point não é gratuita. Logo que você chega na entrada, tem que pagar uma taxa de 70 Rands para criança e 135 Rands para adulto. Então é só seguir a estrada e observar as placas. Nosso primeiro ponto de parada foi no Cabo da Boa Esperança, que fica à direita da estrada. É um ponto muito procurado, fica sempre cheio de turistas, todos esperando para tirar uma foto na famosa placa do Cabo da Boa Esperança. Abaixo, uma foto do ponto para vocês terem uma ideia:
Estacionamento no Cabo da Boa Esperança, a placa e a fila para tirar fotos!
Mas a trilha para chegar até o alto da falésia não é tão fácil. O local é cheio de pedras, cascalhos e o piso desnivelado. Vá com calçado confortável!
Estacionamos nosso carro, entramos na fila para tirar foto na placa (gratuito e ninguém cobra gorjetas, etc., o turista de trás tira a foto do turista da frente), e depois fizemos uma trilha para subir em um ponto mais alto, e de lá ver um pouco do que Bartolomeu avistou ao cruzar o Cabo da Boa Esperança.
Um raro momento da Placa do Cabo da Boa Esperança sem nenhum turista para tirar fotos!
No mapa abaixo, dá para ver a localização do Cabo da Boa Esperança, do restaurante Two Oceans e o Cape Point (ou Ponto do Cabo):
Na foto abaixo, dá para ver a entrada para o Cape Point (não precisa pagar mais, é o mesmo ticket de entrada). Então, você estaciona seu veículo (gratuito), e é só seguir até a trilha que leva ao Cape Point, ou subir pelo Funicular Flying Dutchman (pago à parte), que em três minutos chega-se até a base do farol.
Cape Point faz parte do Table Mountain National Park, e foi declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Entrada do Cape Point, na África do Sul
Depois que estacionar o veículo, confira se o mesmo ficou fechado adequadamente, e tente não ficar muito tempo próximo ao carro. Por ali, vimos muitos babuínos que tem a fama de ser violentos em busca de comida. Vimos também alguns seguranças do local que fica tocando os babuínos. Mas eles são muito espertos e ficam atentos aos carros ou qualquer movimento dos turistas, tudo em busca de comida!
Placas sobre os babuínos no Cape Point
Babuínos no Cape Point, na África do Sul
Optamos por subir de teleférico até o Farol, pois o sol estava escaldante, o que não seria agradável uma caminhada naquele momento. O ticket do funicular do Cape Point custa 65 Rands ida e volta para adulto. Veja mais informações AQUI.
Você pode baixar gratuitamente o audio tour de Cape Point em seu celular. Veja AQUI.
Depois da descoberta por Bartolomeu Dias do famoso e esperançoso “Cabo das Tormentas”, ele ficou conhecido por ser um lugar de fortes tempestades, nevoeiro e por possuir muitas rochas perigosas vindas das falésias, o que acabou causando muitos naufrágios na região. Entretanto, somente em 1859, a construção do Farol foi finalizada, a 238 metros do nível do mar, pois era o ponto mais alto do lugar, e atualmente é utilizado como monitoramento dos faróis da Costa da África do Sul.
O Point Cape está localizado na Reserva do Cabo da Boa Esperança, dentro do Parque Nacional da Montanha da Mesa, e depois da subida no Funicular, são mais 125 degraus até o topo, ou seja, no Farol, de onde você tem uma belíssima vista do Cabo da Boa Esperança e de toda a região.
Tem uma trilha que vai até a praia “Dias Beach”, mas infelizmente o tempo já estava curto para fazê-la.
Vista de Cape Point, na África do SulO penhasco em Cape Point
Ainda em Cape Point, você pode ter um almoço no restaurante Two Oceans que possui belíssima vista, e ainda tem uma lanchonete com lanches rápidos (pizzas, sanduíches, etc.). Como o horário da cozinha é até as 16:30h, com último pedido às 16:15h, infelizmente não tivemos como conhecer o restaurante. Mas ficamos bem satisfeitos com a pizza que degustamos da lanchonete! Ahhh… lembre-se dos babuínos! Eles ficam eufóricos perto do restaurante em busca de comida! (Mas não é algo assustador não, é só seguir as normas de segurança: não alimentá-los, evitar ficar com comida à vista, e se avistar um babuíno, tente se afastar).
Obs.: o Cape Point é um lugar que venta bastante! Então, vá preparado!
Veja mais detalhes e informações sobre o Cape Point, AQUI.
Na hora do retorno para Cape Town, paramos na Simon’s Town, que é uma cidade pequenina e portuária, super fofinha! Na verdade, não era nossa intenção parar lá, porque estávamos bem cansados. Mas acabamos parando obrigatoriamente, pelo fato de que o trânsito estava intenso! Então, optamos esperar o trânsito passar para continuarmos a viagem.
Simon’s Town, na África do Sul
Simon’s Town, África do Sul
Simon’s Town, África do Sul
Para ver mais detalhes e informações sobre Simon’s Town, acesse AQUI.